quinta-feira, 5 de junho de 2025
Sugestão de leitura!
segunda-feira, 2 de junho de 2025
Sugestão de leitura!
O beijo do rio, de Stefano Volp
As cortinas se abrem para um caso inesperado... Com protagonismo negro e bissexual, o eletrizante thriller psicológico de Stefano Volp traz a história de um jornalista que vai investigar a morte de seu melhor amigo de infância, enquanto lida com visões desconcertantes, segredos perigosos e traumas do passado.
O solitário Daniel é um jornalista negro que escreve para a seção investigativa de uma revista independente. Ao saber da trágica morte de Romeu, seu melhor amigo de infância, ele decide voltar à sua cidade natal, Ubiratã, para investigar o caso, o qual a polícia prontamente concluiu ter sido suicídio.
Após dez anos longe, Daniel se vê de volta à pequena cidade onde cresceu. Seu regresso à casa é problemático. Bissexual, ele sempre se sentiu deslocado naquele bairro separado do resto da cidade por um rio. A nova companhia de teatro, figuras políticas da cidade, os membros de uma seita religiosa e famílias que não querem ser incomodadas são viradas de cabeça para baixo com a presença do jornalista e sua investigação criminal. Há, também, algo do passado de Daniel de que ele não consegue – ou não quer – lembrar. Em vez de memórias, tem visões de um menino, que aparece para ele com mensagens indecifráveis. Agora, quanto mais se aproxima da verdade, mais visões tem e mais ele deve descobrir sobre si mesmo.
Localização no acervo: 869.0(81)-31 / V931b
sexta-feira, 4 de abril de 2025
Nova aquisição no acervo!
O pacto da branquitude, de Cida Bento
Diante de dezenas de recusas em processos seletivos, Cida Bento identificou um padrão: por mais qualificada que fosse, ela nunca era a escolhida para as vagas. O mesmo ocorria com seus irmãos, que, como ela, também tinham ensino superior completo. Por outro lado, pessoas brancas com currículos equivalentes ― quando não inferiores ― eram contratadas.
Em suas pesquisas de mestrado e doutorado, a autora se dedicou a investigar esse modelo, que se repetia nas mais diversas esferas corporativas, e a desmistificar a falácia do discurso meritocrático. O que encontrou foi um acordo não verbalizado de autopreservação, que atende a interesses de determinados grupos e perpetua o poder de pessoas brancas. A esse fenômeno, Cida Bento deu o nome de "pacto narcísico da branquitude".
Neste livro, a cofundadora do Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (Ceert) reúne sua experiência para apresentar evidências desse acordo tácito e nos convidar a deslocar nosso olhar para aqueles que, a fim de se manter no centro, impelem todos os outros à margem.
Localização no acervo: 331.4 / B478p
quinta-feira, 3 de abril de 2025
Nova aquisição no acervo!
O último ancestral, de Ale Santos
Localizada na periferia do Distrito de Nagast, num futuro ultratecnológico, fica Obambo, a favela para onde quase toda a população negra foi exilada quando os Cygens — híbridos de homens e máquinas — tomaram o poder, estabelecendo uma forte política de segregação racial e proibindo o uso da magia, a propagação da fé e o culto aos deuses.
É lá que mora Eliah, um jovem que busca no esquema de roubo de carros uma vida melhor para si e para sua irmã, Hanna, uma adolescente autodidata em linguagens eletrônicas. Porém, ele vê sua vida mudar completamente ao descobrir que carrega em si o espírito do Último Ancestral, entidade poderosa capaz de salvar os obambos.
Agora, com a ajuda de Hanna e outros aliados importantes, Eliah precisa usar seus poderes ancestrais para lutar por seu povo. O que ele não sabe é que uma ameaça ainda maior está à espreita.
Em O último ancestral, o ativista Ale Santos reinventa o Brasil num futuro distópico e traça um paralelo com a realidade do país com referências às favelas, a religiões diversas e ao Carnaval e questões sociais, como segregação racial a racismo estrutural.
Localização no acervo: 869.0(81)-31 / S237u
Nova aquisição no acervo!
Marrom e amarelo, de Paulo Scott
Os irmãos Federico e Lourenço são muito diferentes. Federico, um ano mais velho, é grande, calado e carrega uma raiva latente. Lourenço é bonito, joga basquete e é “muito gente boa”. Federico é claro, “de cabelo lambido”. Lourenço é preto. Filhos de pai preto, célebre diretor-geral do instituto de perícia do Rio Grande do Sul, eles crescem sob a pressão da discriminação racial. Lourenço tenta enfrentá-la com naturalidade, e Federico se torna um incansável ativista das questões raciais.
Federico, o narrador desta história, foi moldado na violência dos subúrbios de Porto Alegre. Carrega uma dor que vem da incompletude nas relações amorosas e, sobretudo, dos enfrentamentos raciais em que não conseguiu se posicionar como achava que deveria.
Agora, com 49 anos, é chamado para uma comissão em Brasília, instituída pelo novo governo, para discutir o preenchimento das cotas raciais nas universidades. Em meio a debates tensos e burocracias absurdas, ele se recorda de eventos traumáticos da infância e da juventude. E as lembranças, agora, voltam para acossá-lo.
Marrom e amarelo é um livro que retrata diferentes aspectos de um Brasil distópico, conflagrado, da inércia do comando político à crônica tensão racial de toda a sociedade. É um romance preciso, que nos faz mergulhar nos abismos expostos do país.
Localização no acervo: 869.0(816.5)-31 / S425m