GAIA: MÃE TERRA
"Gaia : Mãe Terra" é o segundo livro de contos de oficinas realizadas
pela APCEF, com o compromisso de defender a vida no planeta Terra. Em
2015, o tema foi Água : Elemento essencial da vida. Precisamos de
agricultura agroecológica, de preservação da fauna e da flora e das
águas. A poluição do solo, da água e do ar destrói nossa Gaia e a nós
também. Precisamos da Gaia exuberante como a capa deste livro, Gaia
envolta pela beleza das florestas, das águas, dos animais e os seres
humanos livres para viver com plenitude. Inteira. Equilibrada. Este
livro foi escrito por um grupo de pessoas que assumiu a tarefa de chamar
a atenção, a partir de suas vivências, estudos e pesquisas, palestras e
visita ao Rincão Gaia, e inserir no dia a dia das pessoas reflexões
sobre a preservação das nossas vidas e de todos os seres responsáveis
pelo equilíbrio do planeta.
Este livro nasceu de criativos encontros de quartas-feiras, no alto da
Rua da Praia. Voamos mais alto ainda ao redor da nossa mesa: convidamos
personagens que trouxeram as suas histórias e nos levaram a lugares que
nem imaginávamos existir. Um pouco de tudo isso está aqui, nestas
páginas, temperadas com alegria, emoção e troca de experiências.
Enquanto preparávamos este texto, percebemos que a ficção invadiu a
matemática pois foram vinte e três semanas que renderam vinte e três
narrativas.
PSICOLOGIA, COMUNICAÇÃO E PÓS-VERDADE
A palavra do ano de 2016 escolhida pelo Dicionário Oxford foi
pós-verdade. É um adjetivo que caracteriza um fenômeno atual em que
apelo às emoções e às crenças têm maior influência no formação da
opinião pública do que os fatos. A palavra tem sido empregada em relação
à política especialmente, mas também qualifica outras dimensões da vida
cotidiana das pessoas no mundo hoje. Sabemos que a língua, por sua
natureza, pode ser usada para comunicar uma verdade tanto quanto uma
mentira. Mas que efeitos pode ter sobre as pessoas e a sociedade a
difusão de um uso da linguagem que passa ao largo dos fatos, que não
mantém relação com eles nem de afirmação e nem de negação? Neste livro,
são analisadas as condições socioantropológicas que levaram à emergência
da pós-verdade, sua relação com a comunicação e com a Psicologia, seu
estatuto ontoepistemológico, suas consequências na vida cotidiana e seu
uso político em uma perspectiva crítica, ética e propositiva, com a
intenção de identificar e iluminar circunstâncias que podem privar as
pessoas do usufruto de uma vida humana plena, com liberdade e dignidade.
Obs.: Doação do Autor
Neste livro Butler procura problematizar a ordem vigente
em nossa sociedade que exige a coerência total entre um sexo, um gênero e
um desejo obrigatoriamente heterossexuais. Ou seja, a ideia de que a
matriz heterossexual estaria assegurada por dois sexos fixos e
coerentes, os quais se opõem como todas as oposições binárias do
pensamento ocidental: macho x fêmea, homem x mulher, masculino x
feminino, pênis x vagina etc. Para Butler o gênero é performativo, ou
seja, é muito mais amplo e diverso do que a noção binária homem x
mulher.
A RADIOGRAFIA DO GOLPE: ENTENDA COMO E PORQUE VOCÊ FOI ENGANADO
Maio de 2016 ficará marcado na história do Brasil como o
momento em que a hegemonia política e ideológica iniciada no primeiro
governo Lula se viu sitiada por um aparelho jurídico, policial e
midiático sem precedentes. O objetivo, entretanto, não era diferente
daquele que deu origem a todos os outros golpes cometidos no passado
nacional: atender aos interesses políticos e financeiros da elite do
dinheiro. Isso é o que defende o sociólogo Jessé Souza em “A Radiografia
do Golpe”. Por meio de um exame crítico, ele descreve a trama do golpe e
analisa os caminhos tortuosos que trouxeram o país a um cenário de
turbulência política e econômica, deixando claros os mecanismos que
permitiram às elites manipular a população em benefício próprio.
O livro é o registro em tempo real das reações emocionais dos protagonistas de um episódio que marcou a luta dos bancários de Porto Alegre em 2015. Moah usa o domínio da técnica jornalística para desvendar ao leitor, com bom humor, os impulsos existenciais que movem personagens normalmente não lembrados nos confrontos entre patrões e empregados. Ele dá nome, voz e rosto, espia e nos revela as motivações dos bancários quando em luta. Nas páginas desta obra a vida pulsa em uma narrativa engajada e inovadora.
MACHADO
Rio de Janeiro, descortina-se o século XX. Nascido em 1839 na corte
imperial, Machado de Assis é um viúvo solitário que sofre com dores e
crises nervosas enquanto testemunha a modernização da cidade pelo
governo republicano. É nesse contexto que o presidente fundador da
Academia Brasileira de Letras encontra um interlocutor precioso: Mário
de Alencar, filho de José de Alencar e neto de dr. Tomás Cochrane, um
dos introdutores da homeopatia no Brasil. Mário também sofre de
epilepsia, de modo que a farta correspondência entre os dois amigos
oscilará entre intrigas literárias, confidências de saúde e receitas.
Qual será a conexão entre as convulsões de Machado e sua escrita genial?
Ancorado em extensa e rigorosa investigação, o ficcionista retrata um
Machado solitário e sofridos nos seus últimos dias, cercado ao mesmo
tempo por fantasmas da literatura mundial e temas obsedantes de sua
obra, como o amor e o ciúme, a viuvez e o adultério, a religiosidade.
APENAS UM RAPAZ LATINO-AMERICANO
Um livro revelador sobre uma figura fascinante da MPB que
merece ser mais conhecida do público. Um artista às vezes enigmático,
sempre refinado e imensamente popular. A morte de Belchior, em abril de
2017, foi uma comoção nacional. Dez anos antes, o artista desaparecera.
Foi a partir do mistério desse sumiço que Jotabê Medeiros deu início à
pesquisa para um livro sobre o autor de clássicos como "Velha
roupacColorida", "Alucinação" e "Como nossos pais". Realizou dezenas de
entrevistas com parceiros musicais, amigos, familiares e produtores de
seus discos. "Apenas um rapaz latino-americano" traz períodos pouco
conhecidos da vida de Belchior, como os anos em que passou em um
mosteiro, na adolescência. Foi ali que o artista travou seu primeiro
contato com a literatura e a filosofia e habituou-se ao silêncio e à
introspecção que seriam características marcantes até o fim da vida.
A NOITE DA ESPERA
Nos anos 1960, Martim, um jovem paulista, muda-se para
Brasília com o pai após a separação traumática deste e sua mãe. Na
cidade recém-inaugurada, trava amizade com um variado grupo de
adolescentes do qual fazem parte filhos de altos e médios funcionários
da burocracia estatal, bem como moradores das cidades-satélites, espaço
relegado aos verdadeiros pioneiros da capital federal, migrantes
desfavorecidos. Às descobertas culturais e amorosas de Martim
contrapõe-se a dor da separação da mãe, de quem passa longos períodos
sem notícias. Na figura materna ausente concentra-se a face sombria de
sua juventude, perpassada pela violência dos anos de chumbo. Neste que é
sem dúvida um dos melhores retratos literários de Brasília, Hatoum
transita com a habilidade que lhe é própria entre as dimensões pessoal e
social do drama e faz de uma ruptura familiar o reverso de um país
cindido por um golpe.
UM ROMANCE PERIGOSO
Em "Um Romance perigoso", o detetive particular e o amigo, dono de um
sebo na rua do Lavradio e apaixonado por literatura policial, seguem o
rastro de um serial killer que está matando autores de autoajuda e
deixando o mercado editorial, e toda a cidade, em polvorosa. E não se
trata de um assassino qualquer, mas de um leitor dedicado do escritor
norte-americano Dashiell Hammet, pois a cada crime ele deixa uma pista
que faz alusão aos livros do autor. Entram em cena, então, um alfaiate e
exímio conhecedor da obra do autor de "O Falcão maltês" e outros
clássicos do romance policial, um taxista dono de um motel-fazenda no
interior do estado onde um dos crimes acontece e outros personagens
improváveis que circulam como peças num tabuleiro de xadrez por um Rio
de Janeiro ao mesmo tempo solar e noir.
VULGO GRACE
Grace Marks: mulher insana, femme fatale ou vítima das
circunstâncias? Baseando-se em uma história real, Margaret Atwood
escreve seu trabalho mais cativante e perturbador desde "O Conto da
Aia". Envolvente como um thriller psicológico e minucioso como uma
investigação histórica, "Vulgo Grace" nos leva de volta no tempo e na
vida de uma das mulheres mais enigmáticas do século XIX.
O PRECARIADO
O precariado, termo criado nos anos 1980 pela combinação do adjetivo "precário" e do substantivo "proletariado", é uma classe emergente
composta por um número cada vez maior de pessoas que levam vidas de
insegurança, entrando e saindo de empregos que conferem pouco
significado a suas existências. Este livro trata de responder a cinco
questões fundamentais acerca do precariado: O que é essa classe? Por que
devemos nos preocupar com seu crescimento? Por que ela está crescendo?
Quem está ingressando nela? Para onde está nos levando? Esta última
questão é crucial. Guy Standing argumenta que essa classe está
produzindo instabilidades na sociedade. Embora seja errado caracterizar
os membros do precariado como vítimas, muitos deles se sentem frustrados
e revoltados. O precariado é perigoso porque é dividido internamente, o
que gera um forte sentimento de aversão para com os migrantes e outros
grupos vulneráveis. Sem ação, seus membros podem se deixar influenciar
pelos apelos do extremismo político. Para evitar uma "política de
inferno", Guy Standing defende uma "política de paraíso", na qual a
redistribuição e a garantia de renda constroem um novo tipo de Boa
Sociedade, na qual a atenção aos medos e às aspirações do precariado
tornam-se centrais para uma estratégia progressista.
Em 2009, Eloisa James, deu um passo com o qual muitas pessoas sonham: vendeu a casa, tirou um ano sabático no emprego de professora universitária de Literatura Shakespeariana e mudou-se com a família para Paris. "Paris apaixonada: um livro de memórias", registra seu alegre ano em uma das mais belas cidades do mundo.
A ESQUERDA QUE NÃO TEME DIZER SEU NOME
"A Esquerda que não teme dizer seu nome" lança um desafio político de grande envergadura: reafirmar os princípios que orientam historicamente o pensamento da esquerda e renová-los, a partir das demandas da época. Para o ensaísta e professor de filosofia Vladimir Safatle, a esquerda, nas últimas décadas, abriu mão dos fundamentos de sua luta política, acuada pelas críticas feitas às experiências comunistas no século XX, enfraquecida pelas políticas multiculturais e, quando no governo, seduzida pelos confortos do poder e pelas negociações de consenso. Contra a acomodação e o esquecimento, o autor propõe que a esquerda recoloque no debate político tudo aquilo que é "inegociável": a defesa radical do igualitarismo, da soberania popular e do direito à resistência. Em contraposição às políticas multiculturalistas, ele postula a necessidade de a esquerda ser "indiferente às diferenças" e retomar o universalismo. Polêmico, Safatle diz que a esquerda precisa entender as necessidades do sujeito contemporâneo e que não há equívoco maior, atualmente, que contrapor o desejo dos indivíduos ao igualitarismo. "A Esquerda que não teme dizer seu nome" é uma leitura urgente e essencial para todos os que não têm medo da política e buscam a justiça social.
UM CORPO ESTRANHO
No Brasil, de acordo com alguns autores das ciências sociais, pelo menos até 2004, não se institucionalizou uma área de estudos gays e lésbicos e mais do que isso, nem uma linha de teoria e pesquisa que poderíamos denominar de queer, na forma que tem acontecido nos EUA e na Europa. Raríssimas exceções estão contidas no campo dos estudos literários e na educação. Indiscutivelmente os trabalhos de Guacira Lopes Louro na problematização de uma pedagogia queer contribuem para desestabilizar os grupos acadêmicos conservadores ao evidenciar as chamadas minorias sexuais, que hoje, felizmente, são muito mais visíveis do que antes. A obra é irreverente e incita a transgressão do discurso complexo da Academia. Disposta em um livrinho anatômico, costurado em folhas amareladas e escrito em letras garrafais, de cara dá ao leitor a sensação de que encontrará liberdade, prazer e pertubação na leitura de novas descobertas. Composto por quatro textos (Viajantes pós-modernos, uma política pós-identitária para a educação, "Estranhar" o currículo e Marcas do corpo, marcas do poder) oriundos de palestras, mesas-redondas e como afirma Louro, "lidos por um punhado de amigos e amigas, colegas e estudantes" têm em comum o dom teórico da provocação, do embaraço, da desestabilização das certezas, acrescentado de pitadas de traços literários.
A ARTE NOS CAMINHOS DO SUL
O presente livro foi escrito para comemorar os 85 anos do SindBancários. Isto porque, esta casa, além de ser um dos sindicatos de trabalhadores mais combativos do Brasil, transformou-se num verdadeiro refúgio da cultura popular, com espaço também para as demais expressões artísticas de caráter social. "A Arte nos caminhos do Sul", é totalmente dedicado ao papel transformador da cultura na sociedade humana. Devido à imensidão do tema, os contos são focados na arte elaborada no Rio Grande do Sul.
CURTINDO MÚSICA BRASILEIRA: UM GUIA PARA ENTENDER E OUVIR O MELHOR DA NOSSA ARTE
O objetivo desta obra é dar um panorama geral dos principais gêneros musicais brasileiros, indicando alguns discos importantes de cada período. E como estamos numa época em que não se busca mais celebrar um determinado álbum em si, mas canções para enchermos nossos tocadores de mp3, sugestões de playlist que representem uma visão ampla de cada estilo.
VAGAR EM MACAU
Terceiro livro, entre os de poesia, de José Antônio Silva, "Vagar em Macau" traz poemas mais recentes, com título idêntico ao do livro, e seleção denominada, muito a propósito de "Encontros perdidos". Flagrante é a qualidade do poema narrativo, não limitado ao prosaico e de final impactante.
A CASA INVENTADA
Lya Luft retoma sua vertente mais literária, com sua prosa poética a compor lindas metáforas e reflexões sobre a vida, valendo-se de um gênero híbrido – mistura de romance, ensaio e autoficção –, Lya Luft traça o roteiro para a casa que se quer inventada, projetando, um a um, os cômodos, elementos e detalhes necessários a esta construção: a porta de espiar, o espelho de Pandora, a sala da família, o quarto das crianças, o porão das aflições, o pátio cotidiano, o jardim dos (a)deuses. A casa é, em um primeiro entendimento, o espaço físico, expressão de seus moradores. Mas também uma metáfora da existência: morada da família e dos afetos, da amizade e dos amores, mas também da dor, das frustrações, dos traumas e até da morte, num entendimento de que tudo deve estar, harmoniosamente, ao abrigo desta casa que inventamos. Metade formada de escolhas; a outra metade, milagres.
MUITO ALÉM DO INVERNO
Tudo começa com um leve acidente de trânsito — que se transforma no catalisador de uma inesperada e tocante história de amor entre duas pessoas que acreditavam estar no inverno de sua vida. Em meio a uma nevasca no Brooklyn, aos 60 anos, Richard Bowmaster, um professor universitário, bate na traseira do carro de Evelyn Ortega, uma jovem imigrante ilegal da Guatemala. O que a princípio parecia apenas um pequeno incidente toma um rumo imprevisto e muito mais sério quando Evelyn aparece na casa do professor em busca de ajuda. Confuso com a situação e sem entender o espanhol falado pela jovem, ele pede ajuda a sua inquilina, Lucía Maraz, uma chilena de 62 anos, que está passando uma temporada nos Estados Unidos como palestrante na mesma universidade em que Richard dá aula. Juntas, essas pessoas tão diferentes embarcam em uma dramática e incrível aventura, que vai do Brooklyn do presente à Guatemela de um passado recente, do Chile dos anos 1970 ao Brasil dos anos 1980, e na qual descobrem sua força interior. Para Lucía e Richard, além de tudo, significa uma nova chance para o amor.
A REVOLUÇÃO RUSSA DE OUTUBRO DE 1917
Este pequeno ensaio sobre a Revolução de outubro, no ano de seus centenário, busca resgatar a legitimidade e a utopia de um evento fundador do século 20 (assim como a revolução francesa marcou o início da modernidade), homenageando um grande mestre do marxismo revolucionário, Ernest Mendel, apoiando-se em seu brilhante ensaio crítico, escrito no início dos anos 1990, "octubre de 1917: Golpe de Estado o revolución social. La legitimidad de la Revolución Rusa.", nunca editado em português. Em pleno século 21, outubro de 1917 nos faz lembrar da alternativa de Rosa Luxemburgo sobre a crise de civilização capitalista: socialismo ou barbárie.
Obs.: Doação do Autor
O VENDIDO
Nascido em Dickens, no subúrbio de Los Angeles, Eu, o narrador de "O vendido", passou a maior parte da juventude como cobaia para estudos raciais realizados por seu pai, um polêmico sociólogo. Quando o pai é subitamente morto em um tiroteio com a polícia e é anunciado que Dickens será varrida do mapa da Califórnia por motivos políticos e econômicos, Eu tenta salvar a cidade através de um controverso experimento social: instalar uma segregação racial às avessas. Vencedor do Man Booker Prize de 2016, O vendido é uma critica mordaz a respeito de questões raciais ainda tão presentes – nos Estados Unidos, mas também no Brasil de nossos dias.
A PÉROLA QUE ROMPEU A CONCHA
Filhas de um viciado em ópio, Rahima e suas irmãs raramente saem de casa ou vão à escola em meio ao governo opressor do Talibã. Sua única esperança é o antigo costume afegão do "bacha posh", que permite à jovem Rahima vestir-se e ser tratada como um garoto até chegar à puberdade, ao período de se casar. Como menino, ela poderá frequentar a escola, ir ao mercado, correr pelas ruas e até sustentar a casa, experimentando um tipo de liberdade antes inimaginável e que vai transformá-la para sempre. Contudo, Rahima não é a primeira mulher da família a adotar esse costume tão singular. Um século antes, sua trisavó Shekiba, que ficou órfã devido a uma epidemia de cólera, salvou-se e construiu uma nova vida de maneira semelhante. A mudança deu início a uma jornada que a levou de uma existência de privações em uma vila rural à opulência do palácio do rei, na efervescente metrópole de Cabul. "A Pérola que rompeu a concha" entrelaça as histórias dessas duas mulheres extraordinárias que, apesar de separadas pelo tempo e pela distância, compartilham a coragem e vão em busca dos mesmos sonhos. Uma comovente narrativa sobre impotência, destino e a busca pela liberdade de controlar os próprios caminhos.
A MÃO DE CELINA
"A Mão de Celina" é uma trama bem elaborada sobre um triângulo amoroso inusitado: Edu, Jana e Celina, a ex-namorada morta. De maneira engenhosa e envolvente, Jeremias nos transporta para o universo de seus três protagonistas, nos fazendo conhecê-los, e reconhecê-los, através de detalhes que se revelam cada vez mais surpreendentes - interligados. Assim como acontece na vida real, seus destinos se entrelaçam, mostrando que algumas coincidências podem ser mais densas e perigosas que aparentam.
Obs.: Doado por Marise D. Cabral (Banrisul)
A PONTA DO SILÊNCIO
A violência contra a mulher, cotidiana e gradual, geralmente se esconde entre quatro paredes, velada pelo silêncio de vítimas e familiares. Neste romance a autora se dedica a desvelar o ambiente de agressões no qual, aos poucos uma vítima penetra - com trágicas consequências. Na trama, Marga é uma professora de um colégio do interior que se casa com Rudy, herdeiro de uma família tradicional. De origem humilde, a professora vê gradualmente artigos de valor sentimental que trazia da casa da família desapareceram do novo lar, descartados pelo marido, que preferia peças mais caras. Com o tempo , o desrespeito avança até que o limite da agressão física seja também ultrapassado. A certa altura, porém, o jogo vira: Rudy aparece morto, e Marga é a principal suspeita. Com uma prosa fluente e uma protagonista bem construída, "A Ponta do silêncio" oferece um ponto de vista original para um tema cada vez mais presente no debate público: a opressão de gênero em uma sociedade patriarcal.
MEMORIAL DO CONVENTO
No epicentro desta história está a construção do Palácio Nacional de Mafra, também conhecido como Convento. O monarca absolutista D. João V, cumprindo uma promessa, ordenou que o edifício fosse erguido no início do século XVIII, em pleno processo colonial, à custa de uma imensa quantidade de ouro e diamantes vindos do Brasil, além do sangue de milhares de operários. Dentre eles, havia um certo Baltasar, da estirpe de Sete-Sóis, inválido da mão esquerda depois de uma guerra, apaixonado por Blimunda, uma jovem dotada de poderes extraordinários. Indivíduos habitualmente não observados pela dita história oficial, mas que no entanto constituem seu tecido mais delicado e essencial.
QUARENTA DIAS
Alice é uma professora aposentada, que mantinha uma vida pacata em João Pessoa até ser obrigada pela filha a deixar tudo para trás e se mudar para Porto Alegre. Mas uma reviravolta familiar a deixa abandonada à própria sorte, numa cidade que lhe é estranhar, e impossibilitada de voltar ao antigo lar. Ao saber que Cícero Araújo, filho de uma conhecida na Paraíba, desapareceu em algum lugar dali, ela se lança numa busca frenética, que a levará às raias da insanidade.
OUTROS CANTOS
Numa travessia de ônibus pela noite, Maria, uma mulher que dedicou a vida à educação de base, entrelaça passado e presente para recompor uma longa jornada que nem mesmo a distância do tempo pode romper. Em uma escrita fluída, conhecemos personagens cativantes de diversos lugares do mundo e memórias que desfiam uma série de impossíveis amores, dos quais Maria guarda lembranças escondidas numa "caixinha dos patuás posta em sossego lá no fundo do baú”. Com sutileza e domínio da narrativa, Maria Valéria Rezende vai compondo um retrato emocionante dessa mulher determinada, que sacrifica a própria vida em troca de algo maior. Outros cantos é um romance magistral, sobre as viagens movidas a sonhos.
O LEÃO E A JOIA
No pequeno povoado de Ilujinle, Baroka, o sexagenário chefe da aldeia, conhecido como 'o Leão', e Lakunle, o jovem professor de ideias avançadas e ocidentais, disputam o amor de Sidi, a Joia do vilarejo. Fábula sobre os conflitos entre valores africanos e costumes europeus, entre o desejo das mulheres de serem livres e o seu apego a tradições que as desvalorizam, entre o progresso e o conservadorismo.
O FIM DO HOMEM SOVIÉTICO
O povo russo assistiu com espanto à queda do Império Soviético. A política de abertura do governo Gorbatchóv impôs uma mudança drástica da estrutura social, do cotidiano e, sobretudo, da direção ideológica da população. Em O fim do homem soviético, Svetlana Aleksiévitch examina a vida das pessoas afetadas por essa transformação. Em cada personagem está um pouco da história russa — a mãe cuja filha morreu em um atentado; a antiga funcionária do Partido Comunista que coleciona carteiras abandonadas de ex-filiados; o velho militante que passou dez anos em um campo de trabalhos forçados. O livro traz um painel fantástico de russos de todas as idades que se movem entre a possibilidade de uma vida diferente e a derrocada da sociedade que conhecem.
AS TRÊS MORTES DE CHE GUEVARA
O título deste livro não resume só uma imagem ou metáfora: quando um sargento boliviano, trêmulo e sob o estímulo da aguardente, metralhou o prisioneiro ferido, Che Guevara já estava morto havia muito. Começou a morrer em Cuba e agonizou no Congo. É o que se revela aqui, com base em pesquisas e testemunhos que remontam a 1961, quando Flávio Tavares conheceu Ernesto Che Guevara, ao cobrir, como jornalista, a Conferência Econômica da OEA, em Punta del Este. Meio século após a execução de 1967, o mito ressurge numa nova história concreta, narrada a partir de depoimentos da mãe, dona Celia, do comandante Benigno (que lutou a seu lado em Cuba, no Congo e na Bolívia), de um coronel boliviano que combateu a guerrilha e de um major aprisionado pelos guerrilheiros, além de outros. Um breve encontro com a viúva do Che e as memórias do então presidente do Egito, Gamal Nasser, levam a entender porque o ícone e ideólogo da Revolução sai de Cuba para imolar-se na Bolívia numa procura quase infinita pela utopia.
MUJICA: A REVOLUÇÃO TRANQUILA
A biografia definitiva do líder político mais carismático do mundo. Mujica - A revolução tranquila é um retrato moderno e humano do presidente uruguaio, que parte de sua fama mundial para explorar a extraordinária vida de um personagem que gera polêmica em seu país ao mesmo tempo em que é aclamado pelo mundo. O livro de Mauricio Rabuffetti é um retrato profundo, dinâmico e revelador sobre um líder político que tem marcado o seu tempo histórico e tornou-se uma figura analisada em âmbito mundial. As chaves para a sua popularidade, as razões para algumas de suas decisões mais comentadas e explicações para seus fracassos aparecem em uma narrativa vertiginosa que descreve em detalhes esse líder intransigente que cultua um estilo de vida simples. O livro aborda questões, tais como- Como esse líder foi forjado? Por que esse homem desperta tantas paixões? O que o fez encarar a morte e trilhar um caminho de espinhos e armas em direção à paz? Como a lei de liberação da maconha foi concebida? Qual foi seu real envolvimento no processo de paz na Colômbia e no relaxamento do embargo sobre Cuba? E, mais importante- Qual será o legado do presidente mais popular do planeta?
UMA OVELHA NEGRA NO PODER: CONFISSÕES E INTIMIDADES DE PEPE MUJICA
O caminho e a chegada ao poder, a forma de vivê-lo e exercê-lo, os conflitos com a liturgia e o protocolo, os encontros com figuras como Barack Obama, Fidel Castro, Vladimir Putin, Hugo Chávez, Cristina Kirchner e Luiz Inácio Lula da Silva, a solidão de se sentir às vezes em um mundo alheio. Tudo relatado aos autores por seu protagonista. Resultado de mais de vinte anos de contato ininterrupto e cem horas de conversas caseiras e institucionais, políticas e íntimas, pessoais e telefônicas, "Uma Ovelha Negra no Poder" revela o homem que existe por trás do personagem.
NÃO HÁ TEMPO A PERDER: EM DEPOIMENTO A ISA PESSOA
Amyr Klink lembra de momentos difíceis que passou, para realizar seus planos, e garante que as crises podem nos motivar. Em seu novo livro, “Não há tempo a perder”, o maior navegador do Atlântico Sul, evoca sua experiência para demonstrar como os projetos mais complexos podem ser realizados, se você se comprometer a destrinchar cada etapa. E trabalhar duro, ter resiliência. O obstinado homem do mar lembra da infância em Paraty, da adolescência, das vitórias e erros que já cometeu – garantindo que a pressão pode ser um estímulo para sobrevivermos. Este é um livro sobre a escassez, o medo, e a nossa misteriosa capacidade de realizar nossos sonhos.
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