Esta premiadíssima obra do cubano Leonardo Padura, traduzida para vários idiomas, é e não é uma ficção. Aborda um fato real: após cumprir pena pelo assassinato de Leon Trotski na cidade do México, Ramón Mercader refugia-se em Cuba.
Padura narra a trajetória do homem que nunca falou e que, como militante comunista, recebeu, a tarefa de eliminar Trotski. Descreve sua adesão ao Partido Comunista espanhol, o treinamento em Moscou, as mudanças de identidade e os artifícios para ser aceito na intimidade do líder soviético.
Este romance é como um espelho retrovisor, que permite ao leitor mirar, com olhos críticos, as contradições do socialismo e por que a morte de Trotski, decidida por Joseph Stalin, contribuiu para a queda do Muro de Berlim e o desaparecimento da União Soviética.
O Homem que amava os cachorros é uma primorosa obra literária, impactante, que retrata as contradições das utopias libertárias que moveram o século XX e expõe os dilemas do mundo em que vivemos.
ESSA COISA BRILHANTE QUE É A CHUVA
Este livro é um retrato da vida, dos dias, do estar vivo todos os dias. Aqui, com muita originalidade e impressionante sensibilidade, Cìntia Moscovich aborda de maneira admirável temas corriqueiros e inevitáveis: o ciúme do filho pela mãe, a chegada de um cachorro em casa, os cabelos grisalhos surgindo antes da hora ... Uma reunião de histórias tão coesas que mais parecem uma só narrativa, tornando a leitura uma experiência única - e rara.
Obra vencedora do Prêmio "Portugal Telecom de Literatura/2013"
A CAIXA
Günter Grass expõe as feridas e lembranças de uma família, em uma narrativa quase experimental, sob forma de transcrições de conversas entre oito irmãos, que, a pedido do pai idoso, começaram a gravar o que dizem a respeito da infância, seus fracassos, ressentimento e o que mais emergir do passado.
Nesse processo de resgate e acerto de contas, constantemente em meio a fartas refeições, os irmãos percebem a presença constante de Marie, amiga e confidente do pai, um escitor premiado sempre envolvido com seu último livro. Marie, esteio firme diante de qualquer mudança, separação, novo casamento ou reviravolta na vida dos pais, tirava fotos com uma câmara analógica, a Agfa, fabricada em formato de caixa. Uma máquina que sobreviveu à Segunda Guerra Mundial e aos incêndios de Berlim e que, de algum modo, avança e retrocede no tempo.
As fotografias de Marie eram especiais, capturavam imagens que ainda não existiam. Não se tratava de prever o futuro, mas de projetar sonhos, consequências de atos impensados ou os mais profundos desejos: uma caixa de memórias e do porvir. Marie é a própria imaginação e tem a habilidade de evocar imagens e costurá-las em histórias, como uma musa do patriarca, que questiona frequentemente a importância da sua escrita. Visto pela reminiscências de seus descendentes, o pai vive uma existência paralela, sempre trabalhando no sótão enquanto a família constrói uma rotina ao redor dele e das crianças que se sentem supérfluas e solitárias. Esses sentimentos vêm à tona e transbordam em relatos tão humanos quanto familiares.
Com seu texto cortante e preciso, o premiado e polêmico autor (Prêmio Nobel de Literatura em 1999) conjuga extremo domínio da linguagem e de sua arte, mantendo o leitor entregue à leitura, inteiro diante dos fragmentos dos personagens deste livro. Uma leitura memorável!
A MELHOR HISTÓRIA ESTÁ POR VIR
Incapaz de se recompor do final trágico de seu casamento, Blanca Perea aceita o trabalho de organizar os arquivos do professor Andrés Fontana na Universidade de Santa Cecília, na Califórnia. O campus que a acolhe se mostra mais atraente do que o previsto, e a quantidade imensa de trabalho a faz começar a seguir com a vida enquanto tenta tirar o falecido professor Fontana do esquecimento. Para isso, conta com a ajuda de Daniel Carter, o charmoso professor especializado em literatura espanhola. Entre o passado de Fontana e o presente de Carter, Blanca começa a descobrir que Santa Cecília esconde muitos segredos. - e que se tornou trabalho dela desvendá-los, doa a quem doer.
Amores cruzados, incertezas e interesses silenciados virão à tona. Entre a Espanha e os Estados Unidos, María Dueñas liga os pontos de uma trama cinematográfica de reencontro e superação, presenteando seus leitores mais uma vez.
Um acontecimento inusitado assombrou o Brasil em 2008; o poderoso e enigmático banqueiro Daniel Dantas foi preso pelo delegado federal Protógenes Queiroz, por ordem do juiz Fausto De Sanctis, e conduzido algemado para uma cela comum, acusado de vários crimes. Mas logo depois foi libertado, por ordem do então presidente do Supremo Tribunal Federal - STF, Gilmar Mendes. As provas da investigação foram anuladas. O delegado foi afastado de seu trabalho e elegeu-se deputado. O juiz deixou sua vara e assumiu o cargo de desembargador no Tribunal Regional Federal, mas em área sem relação com crimes financeiros, sua especialidade. O que teria acontecido? Neste livro, que se lê como um thriller policial, o repórter investigativo Rubens Valente, da Folha de S. Paulo, desvenda toda a história, com a revelação de aspectos inéditos, documentos e segredos.
Leia, também, as obras "A Privataria tucana" e "O Príncipe da privataria".
OPERAÇÃO BANQUEIRO : AS PROVAS SECRETAS DO CASO SATIAGRAHA
Um acontecimento inusitado assombrou o Brasil em 2008; o poderoso e enigmático banqueiro Daniel Dantas foi preso pelo delegado federal Protógenes Queiroz, por ordem do juiz Fausto De Sanctis, e conduzido algemado para uma cela comum, acusado de vários crimes. Mas logo depois foi libertado, por ordem do então presidente do Supremo Tribunal Federal - STF, Gilmar Mendes. As provas da investigação foram anuladas. O delegado foi afastado de seu trabalho e elegeu-se deputado. O juiz deixou sua vara e assumiu o cargo de desembargador no Tribunal Regional Federal, mas em área sem relação com crimes financeiros, sua especialidade. O que teria acontecido? Neste livro, que se lê como um thriller policial, o repórter investigativo Rubens Valente, da Folha de S. Paulo, desvenda toda a história, com a revelação de aspectos inéditos, documentos e segredos.
Leia, também, as obras "A Privataria tucana" e "O Príncipe da privataria".
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