segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Aquisições & Doações - Agosto/2015

NÚMERO ZERO

Um grupo de redatores, reunido ao acaso, prepara um jornal. Não se trata de um jornal informativo; seu objetivo é chantagear, difamar, prestar serviços duvidosos a seu editor. Um redator paranoico, vagando por uma Milão alucinada (ou alucinado numa Milão normal), reconstitui cinquenta anos de história sobre um cenário diabólico. E, nas sombras, a Gladio, a loja maçônica P2, o assassinato do papa João Paulo I, o golpe de Estado de Junio Valerio Borghese, a CIA, os terroristas vermelhos manobrados pelos serviços secretos, vinte anos de atentados e cortinas de fumaça - um conjunto de fatos inexplicáveis que parecem inventados, até um documentário da BBC mostrar que são verídicos, ou que pelo menos estão sendo confessados por seus autores. Um perfeito manual do mau jornalismo que o leitor percorre sem saber se foi inventado ou simplesmente gravado ao vivo. Uma história que se passa em 1992, na qual se prefiguram tantos mistérios e tantas loucuras dos vinte anos seguintes, enquanto os dois personagens acreditam que o pesadelo terminou. Uma aventura amarga e grotesca que se desenrola na Europa do fim da Segunda Guerra até os dias de hoje.





 STONER

William Stoner, filho de humildes camponeses, destinado a trabalhar a terra como seus antepassados, quase por acaso acaba tomando um caminho diferente e, motivado por sua paixão pela literatura, torna-se professor universitário. Ele casa, tem uma filha, passa pelos altos e baixos da vida, adoece e morre. São descritos seu progressivo e doloroso afastamento da família, as relações complicadas com os colegas, as amizades tragicamente marcadas pela guerra, a difícil vida conjugal, o intenso e impossível amor clandestino com uma professora mais jovem. Stoner reage às provações da vida com aparente impassibilidade e silencioso estoicismo, emergindo como um inesquecível e improvável herói da vida cotidiana. 





O SOL É PARA TODOS

Um livro sobre racismo e injustiça - a história de um advogado que defende um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca nos Estados Unidos dos anos 1930 e enfrenta represálias da comunidade racista. O livro é narrado pela sensível Scout, filha do advogado. Uma história atemporal sobre tolerância, perda da inocência e conceito de justiça.






 SINDBANCÁRIOS 1964-2014: UMA HISTÓRIA DE LUTA: EM QUADRINHOS

Finalizando o trabalho, apresentamos o segundo volume da história do SindBancários que vai de 1964 até 2013, ano marcado pela mais longa greve dos trabalhadores do banrisul, que cruzaram os braços por 42 dias em busca de melhores condições de trabalho. Os anos aqui abordados mostram a luta intensa do movimento bancário contra a ditadura, pela liberdade de manifestação e organização dos trabalhadores, da cidade e do campo, além do papel solidário e aglutinador protagonizado pelo Sindicato neste período. Agora o leitor terá em suas mãos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a história de um dos mais atuantes e importantes sindicatos do Rio Grande do Sul pela linguagem da "graphic novel".







O DECLÍNIO DO HOMEM PÚBLICO: AS TIRANIAS DA INTIMIDADE

Para entendermos por que "O Declínio do homem público" já se tornou uma espécie de clássico da sociologia contemporânea, basta olharmos à nossa volta. Basta ver que um país como o Brasil tem, por exemplo, muito mais poetas do que leitores de poesia. Do advogado ao médico, à dona de casa e até ao cineasta, passando, é claro, pela atriz, todos escrevem - e empurram-nos - seus poeminhas. Por que será que é mais fácil escrever poesia do que ler poesia, fazer arte do que ver arte - paradoxo que só pode implicar rebaixamento de qualidade? É que no mundo do "eu me amo", do narcisismo desvairado, a privatização da existência assumiu proporções tais que o eu constantemente invade o já tão depauperado espaço do outro. Como demonstra o raciocínio de Richard Sennett, ser outro hoje em dia é duro, nesse bulevar de vitrines do ego.
Obs.: Doação Aline Vieira Malanovicz (BRDE)





 ABBA, A BIOGRAFIA 

No livro, Carl Magnus Palm, um dos maiores fãs do grupo, faz um retrato detalhado da trajetória de uma das bandas mais importantes para a história da música pop. A partir de relatos e fotos descobertos ao longo de extensa pesquisa, o autor revela a personalidade dos integrantes, suas ambições e seus conflitos internos bem de perto, e inclui ainda informações a respeito do filme Mamma Mia!, responsável por apresentar o ABBA ao público mas jovem e matar as saudades dos antigos e eternos fãs.
 Obs.: Doação Silvio Luiz Armborst (Bco. do Brasil)




AMOR SEM FIM

Joe Rose tinha planejado um fim de semana idílico no interior da Inglaterra, para comemorar o retorno de sua mulher, que voltara de uma longa viagem de trabalho aos Estados Unidos. Depois de buscá-la no aeroporto, levou-a às colinas de Chiltern, meia hora ao norte de Heathrow, para um piquenique sob um carvalho. Mas, ao abrir uma garrafa de vinho, ouviu um grito desesperado de homem, depois o lamento fraco de uma criança. Antes que desse por si, correu para acudir, sem ouvir as palavras de cautela de sua mulher, que, depois, pareceriam querer evitar que ele partisse para sempre. Os apelos provinham de um balão, via-se a perna do piloto, com metade do corpo para fora da cesta de passageiros e uma criança, que, por medo, recusava-se a saltar. Além de Joe, trabalhadores rurais que estavam no local se apressam a ajudar. Jed Parry, um dos homens a ajudar, assim que cruza os olhos com os de Joe passa a alimentar por ele uma paixão tão instantânea quanto obsessiva, que chegará aos limites da perseguição e da loucura. Quando ele passa a se portar de forma violenta, a única saída de Joe é apelar para medidas desesperadas a fim de preservar a própria vida.







  DIREITOS NEGADOS: UM RETRATO DA LUTA PELA DEMOCRATIZAÇÃO DA COMUNICAÇÃO 

O Centro de estudos da Mídia Alternativa Barão de Itararé oferece com este livro uma significativa contribuição à causa da democratização da comunicação no Brasil. Trata-se de um vigoroso conjunto de artigos que expõe uma verdade já impossível de ser sufocada: a diversidade informativa e cultural submerge em um cenário distorcido pela concentração monopólica dos meios de difusão e pela prevalência de intentos lucrativos e conveniências políticas sobre as´pirações coletivas.






 UM OLHAR TERRITORIAL PARA O DESENVOLVIMENTO: O SUL

Os estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul em muito contribuem para o desenvolvimento econômico, político, social e cultural do Brasil. Sua colonização, iniciada pela busca do ouro, expansão da pecuária e extração da erva-mate, foi incrementada por imigrações, formando seus traços mais característicos e avançando as atividades agrícolas e industriais. Apoiado em sua forte e diversificada base de capacitações e produção, o Sul se moderniza e explora novas possibilidades de desenvolvimento. Recebe significativo apoio do BNDES, que financia de infraestrutura, insumos básicos e agronegócios a semicondutores, software, biotecnologia e projetos culturais. Esta publicação discute essas e outras oportunidades, reunindo a experiência do BNDES e a de especialistas. O resultado ilustra e enriquece as formas de planejar e implementar políticas para o desenvolvimento com recorte espacial, integrado e duradouro, contribuindo para aprimorar a atuação do Banco e parceiros. Sua leitura trará uma melhor perspectiva sobre o desenvolvimento sustentável da Região Sul do País.  

Obs.: Doação Aline Vieira Malanovicz (BRDE)





                              A GAROTA NO TREM 

Todas as manhãs Rachel pega o trem das 8h04 de Ashbury para Londres. O arrastar trepidante pelos trilhos faz parte de sua rotina. O percurso, que ela conhece de cor, é um hipnotizante passeio de galpões, caixas d’água, pontes e aconchegantes casas. Em determinado trecho, o trem para no sinal vermelho. E é de lá que Rachel observa diariamente a casa de número 15. Obcecada com seus belos habitantes - a quem chama de Jess e Janson -, Rachel é capaz de descrever o que imagina ser a vida perfeita do jovem casal. Até testemunhar uma cena chocante, segundos antes de o trem dar um solavanco e seguir viagem. Poucos dias depois, ela descobre que Jess - na verdade Megan - está desaparecida. Sem conseguir se manter alheia à situação, ela vai à polícia e conta o que viu. E acaba não só participando diretamente do desenrolar dos acontecimentos, mas também da vida de todos os envolvidos.





 A DESUMANIZAÇÃO

A desumanização se passa na paisagem inóspita dos fiordes islandeses. Narrado por uma menina de 11 anos que nos conta, de maneira muito especial, o que lhe resta depois da morte da irmã gêmea, o livro é feito de delicada melancolia e extrema beleza plástica. 








 A DAMA DA LIBERDADE

"A Dama da liberdade" é o epíteto que daremos para Marinalva Dantas, coordenadora de um grupo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) que, desde 1995, tem dedicado sua vida à causa da libertação de escravos no Brasil. Klester Cavalcanti tem acompanhado o trabalho dela desde o início e conseguirá não apenas fazer um perfil da poderosa mulher, como trazer ao debate a questão ainda persistente do trabalho escravo nos dias de hoje neste livro-reportagem. As ações de Marinalva lembram as de filmes norte-americanos, com mobilização da polícia federal, tiroteio com capangas de fazendeiros, descoberta de pessoas presas em fazendas e casas (muitas vezes acorrentadas). Como não poderia deixar de ser, Marinalva é uma dessas personalidades públicas desconhecidas do grande público que vivem ameaçadas de morte.

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