quarta-feira, 30 de setembro de 2015

Aquisições & Doações - Setembro/2015

 AINDA ESTOU AQUI

Eunice Paiva é uma mulher de muitas vidas. Casada com o deputado Rubens Paiva, esteve ao seu lado quando foi cassado e exilado, em 1964. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha quando, em 1971, o marido foi preso por agentes da ditadura, a seguir torturado e morto. Em meio à dor, ela se reinventou. Voltou a estudar, tornou-se advogada, defensora dos direitos indígenas. Nunca chorou na frente das câmeras. Ao falar de Eunice, e de sua última luta, desta vez contra o Alzheimer, Marcelo Rubens Paiva fala também da memória, da infância e do filho. E mergulha num momento negro da história recente brasileira para contar — e tentar entender — o que de fato ocorreu com Rubens Paiva, seu pai, naquele janeiro de 1971.







 HEREGES

Em seu novo livro, o escritor cubano Leonardo Padura cria uma mistura de romance histórico e noir, resultado de anos de investigação sobre a perseguição aos judeus. O ponto de partida é um episódio real: a chegada ao porto de Havana do navio S.S. Saint Louis, em 1939, onde se escondiam mais de novecentos refugiados vindos da Alemanha. A embarcação passou vários dias à espera de uma autorização para o desembarque. No romance, o garoto Daniel Kaminsky e seu tio aguardavam nas docas, trazendo um pequeno quadro de Rembrandt que pertencia à família desde o século XVII e que esperavam utilizar como moeda de troca para garantir o desembarque da família que estava no navio. No entanto, o plano fracassa, a autorização não é concedida e o navio retorna à Alemanha, levando também a esperança do reencontro. Quase setenta anos depois, em 2007, o filho de Daniel, Elías, viaja dos Estados Unidos a Havana para esclarecer o que aconteceu com o quadro e sua família.







 EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO: MÚSICA POPULAR CAFONA E DITADURA MILITAR

Este não é um livro apenas sobre música. Paulo César de Araújo defende uma causa que nunca ninguém defendeu, abordando assuntos perigosos, documentos comprometedores, revelações surpreendentes sobre um importante capítulo da história do Brasil e da música popular brasileira. O autor mostra como os cantores considerados "cafonas" dos anos 70, foram censurados, apanharam da direita, enfrentaram o exílio. Ele escolheu a música popular daquela época para descrever o clima da época, a ditadura militar. No livro aparecem comentários de Waldik Soriano sobre a tortura, Odair José falando sobre maconha, além de contar com relatos de outros artistas da época como Agnaldo Timóteo, Lindomar Castilho, Dom e Ravel.
Obs.: Doação de Silvio Luiz Armborst






SOL, O POEMA NASCENTE: HAICAIS E TANCAS

"Sol, o poema nascente" reúne 110 haicais e 16 tancas. A poesia de Legendere, neste luminoso "Sol, o Poema Nascente", demonstra como é possível conciliar aspectos da tradição com forças renovadoras do gênero.
Obs.: Doação do autor.







  TRABALHO, EDUCAÇÃO E REPRODUÇÃO SOCIAL

O livro "Trabalho, Educação e Reprodução social", é um precioso convite à reflexão crítica num cenário de barbárie social e impasses históricos da civilização do capital. É um painel privilegiado de problemáticas do trabalho nos primórdios do século XXI tratadas a partir da particularidade brasileira.










 ELEGIA À LESMA

O título "Elegia à lesma" trabalha tematicamente de tal modo que a lesma, qualificada poeticamente como a natureza que não vemos, escondida e esquecida no seu hábitat natural, no mundo contemporâneo, do cimento, da pressa, da superficialidade, dos modismos de mil modos, está subterraneamente olvidada. Aqui ela ressurge como metáfora da vida, que é também tantas vezes preterida, esquecida e sepultada sob os tacões da ganância desmedida.
Obs.: Doação do autor








A AMIGA GENIAL: INFÂNCIA, ADOLESCÊNCIA 

A série "Napolitana", formada por quatro romances, conta a história de duas amigas ao longo de suas vidas. O primeiro, "A Amiga Genial", é narrado pela personagem Elena Greco e cobre da infância aos 16 anos. As meninas se conhecem em uma vizinhança pobre de Nápoles, na década de 1950. Elena, a menina mais inteligente da turma, tem sua vida transformada quando a família do sapateiro Cerullo chega ao bairro e Raffaella, uma criança magra, mal comportada e selvagem, se torna o centro das atenções. Essa menina, tão diferente de Elena, exerce uma atração irresistível sobre ela. As duas se unem, competem, brigam, fazem planos. Em um bairro marcado pela violência, pelos gritos e agressões dos adultos e pelo o medo constante, as meninas sonham com um futuro melhor. Ir embora, conhecer o mundo, escrever livros.


 
 


A MORTE DO PAI

Uma noite de ano novo e rebeldia, regada a cervejas vedadas aos menores, um amasso nauseante na primeira namorada, um show fracassado com a banda de punk no shopping center - em "A Morte do pai", primeiro romance da série autobiográfica "Minha Luta", Karl Ove Knausgård se concentra em narrar os anos de sua juventude. Ao embarcar numa investigação proustiana e incansável do próprio passado, o narrador busca reconstruir, sobretudo, a trajetória do pai, figura distante e insondável que entra em declínio e leva o núcleo familiar à ruína. Honesto e sensível, Knausgård investiga também o próprio presente - aos 39 anos, pai de três filhos, ele deve se ajustar à rotina em família, trocar fraldas e apartar brigas, tudo isso enquanto tenta escrever seu novo romance, numa luta diária.








 UM OUTRO AMOR
  
 Se no primeiro volume da série acompanhamos sua infância e o processo destrutivo que levou seu pai a beber até a morte, na sequência, "Um Outro amor", Knausgård se debruça sobre o começo turbulento de seu segundo casamento e a descoberta da paternidade, conflituosa com suas ambições literárias. Logo depois de se separar da primeira mulher, Karl Ove deixa Oslo e se muda para Estocolmo, onde irá começar uma nova vida, experimentando a perspectiva do estrangeiro. Lá, ele cultiva uma amizade profunda e muitas vezes competitiva com Geir e persegue Linda, uma poeta que o conquistara anos antes durante um encontro de escritores. Uma conversa com amigos durante o jantar pode se estender por cem páginas; saltos no tempo e flashbacks demonstram o pleno domínio do autor, capaz de conciliar a narrativa de episódios pontuais com longas digressões que acompanham o tempo interno das personagens. Na construção narrativa de Knausgård, a memória se torna ficção e a ficção, memória. Entre questões existenciais e reflexões acerca do fazer literário, o que emerge ao fim desse romance honesto e profundo é a conturbada e bela história de amor de um homem por sua mulher e seus filhos. 







 A ILHA DA INFÂNCIA 

Medo da água, medo da escuridão, medo do pastor-alemão dos vizinhos, medo do pai - a infância é uma época aterrorizante. Nas fantasias do menino Karl Ove, os adultos vivem num mundo à parte e têm o poder de deuses, às vezes benevolentes como sua mãe e às vezes tirânicos como seu pai. Como reconstruir as lembranças desse tempo, anterior a toda lembrança? O que há em comum entre o bebê que nossos pais fotografaram e a pessoa que somos hoje? No terceiro volume da série autobiográfica "Minha Luta", Knausgård investiga, com o estilo direto e arrebatador que lhe é característico, a memória, o universo familiar e a construção da identidade.





CANTO AO MAR DE PIRIÁPOLIS

Um poema de beleza invulgar, da obra de um dos nomes mais importantes da poesia brasileira moderna. 

 Obs.: Doação do autor.








  INVENTÁRIO DO CANTO

"A destilada e cristalina poesia de Carlos Saldanha Legendre se guardou, preservando a vinha, filtrou-se no tempo e saiu limpa, límpida, rica, inventiva, humana para o coração do leitor".
Obs.: Doação do autor.











 FILÉ DE BORBOLETA: O DON JUAN DE BAGÉ


Este livro tem por base engraçadas lembranças interioranas e colhe e recolhe a tradição oral dos causos e anedotas, que nada mais são do que pequenos contos populares marcados pelo humor, pela irreverência e pela surpresa. 
Obs.: Doação de Silvio Luiz Armborst.

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