NEGA LU: UMA DAMA DE BARBA MALFEITA
Luiz Airton Farias Bastos havia decidido não mais atender
pelo nome de batismo – agora, era a Nega Lu. A despeito da condição de
“preto, pobre e puto” (como se autodefinia, com amarga ironia),
encontrou lugar na paisagem urbana. “Onde a gente ia, lá estava a Nega
Lu”, sublinha Tânia Carvalho. “Uma lady de voz grave e barba malfeita”,
na definição de Renato Del Campão, cantava em corais sinfônicos,
aprendia balé clássico e marcava presença em vernissages, shows no
Araújo Vianna e concertos no Salão de Atos, além de bater ponto na
Esquina Maldita. “Comíamos sanduíche aberto e discutíamos Godard e
Fellini à mesa do bar, enquanto a Nega Lu passava de peito estufado,
bordando movimentos no espaço como um ser esvoaçante”, retrata a Magra
Jane. E complementa: “Quando via que o ambiente estava ficando sério ou
pesado, soltava uma piada com aquele vozeirão e já saía. Preferia dar
seu show de loucuras na calçada”.
AS MENTIRAS QUE AS MULHERES CONTAM
Tudo começa com a mãe, com o “Olha o aviãozinho!” à mesa
do almoço. É a mentira inaugural, que vai se desdobrando em outras ao
longo da vida. Mas calma lá. Nem sempre a ideia é disfarçar um caso ou
ocultar um segredo. Por vezes são apenas eufemismos, ambiguidades,
desculpas educadas — tudo com o objetivo um pouco mais nobre de
preservar a harmonia social. Nesta coletânea de crônicas aparecem, por
exemplo, a senhora que tenta enganar a si mesma fazendo uma plástica
atrás da outra e a moça que mente a idade — para mais! — apenas para
ouvir que ainda está nova. Há dramas, comédias, tragicomédias — e até
histórias que terminam em tragédia. Mas tudo permeado pelo humor
irresistível de Verissimo.
MINHA PARIS, MINHA MEMÓRIA
Em junho de 2012, depois de receber das mãos do prefeito Bertrand
Delanoë a mais alta condecoração de Paris, Edgar Morin proferiu o
discurso de agradecimento que acabou despertando nele o desejo de
escrever suas memórias, que tiveram na Cidade-Luz palco e protagonista.
Em "Minha Paris, minha memória", o filósofo-sociólogo narra suas
atribulações pelos diferentes bairros da capital francesa e nos convida a
fazer parte de sua história sobre a História.
O QUARTO PODER: UMA OUTRA HISTÓRIA
Paulo Henrique Amorim, um dos mais influentes jornalistas brasileiros
contemporâneos, ao completar 50 anos de carreira profissional nos mais
importantes órgãos de imprensa e TV no país reúne em livro meio século
de atividade profissional com tudo aquilo que as notícias nunca deram: o
lado de dentro do jornalismo e do poder.
NOS CAMINHOS DA IMPRENSA RIO-GRANDENSE E BRASILEIRA
"A imprensa é um exército de 26 soldados de chumbo com o qual se pode conquistar o mundo". Esta frase de Johann Gutenberg, escolhida pelos meus alunos escritores para epígrafe deste livro, é a síntese da história de quase seis séculos da imprensa, para o bem e para o mal. São noventa contos em português, com a versão espelhada em espanhol, selecionados entre mais de quinhentos produzidos num ritmo de trabalho digno de quem deu absoluta prioridade a esta tarefa. Ou seja, a de percorrer os caminhos da imprensa rio-grandense e brasileira, sem ódios ou discriminações, mas com o único desejo de preservar a verdade.
O AMANTE JAPONÊS
Em 1939, ano da ocupação da Polônia pelos nazistas, Alma
Mendel, de oito anos, é enviada pelos pais para viver em segurança com
os tios em São Francisco. Lá, ela conhece Ichimei Fukuda, filho do
jardineiro japonês da família. Despercebido por todos ao redor, um caso
de amor começa a florescer. Depois do ataque a Pearl Harbor, no entanto,
os dois são cruelmente separados. Décadas depois, presentes e cartas
misteriosos são descobertos trazendo à tona uma paixão secreta que
perdurou por quase setenta anos. Varrendo através do tempo e abrangendo
diferentes gerações e continentes, "O Amante japonês" explora questões
de identidade, abandono, redenção, e o impacto incognoscível do destino
em nossas vidas.
PSSICA
Em "Pssica", que na gíria regional quer dizer "azar", "maldição", a narrativa se desdobra em torno do tráfico de mulheres. Uma
adolescente é raptada no centro de Belém do Pará e vendida como escrava
branca para casas de show e prostituição em Caiena. Um imigrante
angolano vai parar em Curralinho, no Marajó, onde monta uma pequena
mercearia, que é atacada por ratos d'água (ladrões que roubam
mercadorias das embarcações, os piratas da Amazônia) e, em seguida,
entra em uma busca frenética para vingar a esposa assassinada. Entre os
assaltantes está um garoto que logo assumirá a chefia do grupo. Esses
três personagens se encontram em Breves, outra cidade do Marajó, e
depois voltam a estar próximos em Caiena, capital da Guiana Francesa, em
uma vertiginosa jornada de sexo, roubo, garimpo, drogas e assassinatos.
A GAROTA NA TEIA DE ARANHA
A hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist
precisam juntar forças para enfrentar uma nova e terrível ameaça. É
tarde da noite, e Blomkvist recebe o telefonema de uma fonte confiável,
dizendo que tem informações vitais aos Estados Unidos. A fonte está em
contato com uma jovem e brilhante hacker — parecida com alguém que ele
conhece. Blomkvist, que precisa de um furo para a revista Millennium,
pede ajuda a Lisbeth. Ela, porém, tem objetivos próprios. Em "A Garota
na teia de aranha", a dupla que já arrebatou mais de 80 milhões de
leitores com "Os Homens que não amavam as mulheres, A Menina que
brincava com fogo e A Rainha do castelo de ar" se reencontra em um
thriller explosivo.
VÁ, COLOQUE UM VIGIA
Jean Louise Finch, mais conhecida como Scout, a heroína
inesquecível de "O Sol é para todos", está de volta à sua pequena cidade
natal, Maycomb, no Alabama, para visitar o pai, Atticus. Vinte anos se
passaram. Estamos em meados dos anos 1950, no começo dos debates sobre
segregação, e os Estados Unidos estão divididos em torno de questões
raciais. Confrontada com a comunidade que a criou, mas da qual estava
afastada desde sua mudança para Nova York, Jean Louise passa a ver sua
família e amigos sob nova perspectiva e se espanta com inconsistências
referentes à ética e a pensamentos nos âmbitos político, social e
familiar. "Vá, coloque um vigia" é o segundo romance de Harper Lee, mas
foi escrito antes do mítico "O Sol é para todos", que recebeu o Prêmio
Pulitzer em 1961. Este livro inédito marca o retorno, após 65 anos de
silêncio, de uma das maiores escritoras americanas do século XX.
ÚLTIMAS TARDES COM TERESA
Ambientado em uma Barcelona de contrastes, "Últimas
tardes com Teresa" narra os amores de Manolo, típico expoente das
classes marginalizadas, cuja maior aspiração é alcançar o prestígio
social, e Teresa, uma bela garota loura e filha da alta burguesia
catalã. Apesar de todas as improbabilidades, eles acabam se aproximando
e, juntos, se veem obrigados a enfrentar os desafios da vida adulta.
Manolo, mais conhecido como Pijoaparte, vive nas regiões mais
empobrecidas de Barcelona. Entre roubos de motocicletas e dias
descompromissados na praia, ele conhece Teresa. Seu desejo pela bela
universitária se mistura à ambição por uma vida melhor, onde possa
esquecer o passado. Já Teresa, militante do movimento estudantil e
pretensamente revolucionária, projeta no jovem a imagem do trabalhador
engajado e, apesar de todas as improbabilidades, acaba se apaixonando
por ele. Por meio desta inusitada história de amor, Juan Marsé cria uma
galeria de retratos que caracteriza toda uma época. Publicado
originalmente em 1966 e com prefácio de Mario Vargas Llosa, "Últimas
tardes com Teresa" é um clássico da literatura espanhola contemporânea.
Em suas páginas encontramos a ingenuidade do aparente compromisso; a
amargura e o ressentimento dos perdedores; o esplendor, a miséria e as
esperanças das diferentes classes sociais, num período especialmente
conturbado da história do país.
REBENTAR
Um romance impactante sobre uma mãe que precisa aprender a
conviver com a ausência do filho. Depois que seu filho desapareceu aos 5
anos, Ângela dedicou toda a sua vida à busca da criança. Parou de
trabalhar, não teve mais filhos, afiliou-se a instituições de busca de
crianças desaparecidas. Mas após trinta anos sem nenhum resultado, ela
finalmente decide desistir completamente da procura. Além da própria dor
e culpa, Ângela precisa enfrentar o julgamento de todos aqueles que de
alguma forma estavam envolvidos com sua história. "Rebentar" é um
corajoso e emocionante mergulho nas dores da perda.
A RAINHA DA NEVE
Barrett Meeks, que acabou de perder mais um amor, está à
deriva. Ao atravessar o Central Park, ele se vê repentinamente inspirado
a erguer os olhos para o céu, onde uma luz pálida e translúcida parece
encará-lo de uma forma nitidamente divina. Ao mesmo tempo, seu irmão
mais velho Tyler, músico viciado em drogas, tenta em vão escrever uma
canção de amor para sua noiva, Beth, que está gravemente doente.
Barrett, assombrado por aquela luz, inesperadamente recorre à religião.
Tyler, por sua vez, se convence cada vez mais de que apenas as drogas
serão capazes de dar vazão à sua verve criativa mais profunda. E
enquanto Beth tenta encarar a morte com o máximo de coragem possível,
sua amiga Liz, uma mulher mais velha — cínica, porém perversamente
maternal —, lhe oferece ajuda. Guiados pela narrativa sublime de Michael
Cunnningham, acompanhamos Barrett, Tyler, Beth e Liz à medida que
trilham caminhos definitivamente distintos em sua busca coletiva pela
transcendência. Numa prosa sutil e lúcida, o autor demonstra uma
profunda empatia por seus conflituosos personagens, além de uma
compreensão singular daquilo que reside no âmago da alma humana.
O ANO EM QUE VIVI DE LITERATURA
Uma sátira cruel, divertida e sexy sobre o mundo dos
escritores, jornalistas, editores, o mundo de quem vive no mundo da
imaginação dos livros. O romance do premiado autor gaúcho Paulo Scott
conta a história de um autor que ganha o prêmio de melhor escritor em
2011, no Brasil. Alçado à categoria de celebridade intelectual, o
escritor passa o ano inteiro numa espiral de festas, baladas e solidão,
vivendo de literatura no ano em que não consegue escrever nem uma linha.
GRANDE MAGIA: VIDA CRIATIVA SEM MEDO
Ao compartilhar histórias da própria vida, de amigos e
das pessoas que sempre a inspiraram, Elizabeth Gilbert reflete sobre o
que significa vida criativa. Segundo ela, ser criativo não é apenas se
dedicar profissional ou exclusivamente às artes: uma vida criativa é
aquela motivada pela curiosidade. Uma vida sem medo, um ato de coragem. A
partir de uma perspectiva única "Grande Magia" nos mostra como abraçar
essa curiosidade e nos entregar àquilo que mais amamos. Escrever um
livro, encontrar novas formas de lidar com as partes mais difíceis do
trabalho, embarcar de vez em um sonho sempre adiado ou simplesmente
acrescentar paixão à vida cotidiana. Com profunda empatia e
generosidade, Elizabeth Gilbert oferece poderosos insights sobre a
misteriosa natureza da inspiração.
A publicação dos estudos do francês Thomas Piketty a respeito da desigualdade social e da crescente
concentração de riqueza ganharam as manchetes de jornais do mundo inteiro. E catalisou um debate que já estava em andamento as respeito dos efeitos disso na economia, no meio ambiente e no próprio exercício da democracia. Este livro, organizado pelo Le Monde Diplomatique Brasil, é uma apresentação desse debate, com textos do próprio Piketty e diversos outros dos principais pensadores sociais de nosso tempo.
A ERA DOS FESTIVAIS: UMA PARÁBOLA
Realizado em 1960, o I Festival da TV Record assinalou o início de um
dos períodos mais criativos da Música Popular Brasileira e que seria
conhecido na crônica musical como "A Era dos Festivais". Foi nessa época
que surgiram os talentos de Chico Buarque, Gilberto Gil, Caetano
Veloso, os Mutantes e dezenas de outros cantores e compositores. Neste
livro, Zuza Homem de Mello, testemunha ocular do que se passava nos
palcos, bastidores e coxias, narra a história desses anos incríveis em
que não apenas a música, mas toda a cultura brasileira passava por
transformações. Um dos maiores conhecedores das história da MPB e do
jazz, Zuza Homem de Mello é autor, juntamente com Jairo Severiano de "A
Canção no Tempo: 85 anos de músicas brasileiras", em dois volumes.
THOMAS PIKETTY E O SEGREDO DOS RICOS
concentração de riqueza ganharam as manchetes de jornais do mundo inteiro. E catalisou um debate que já estava em andamento as respeito dos efeitos disso na economia, no meio ambiente e no próprio exercício da democracia. Este livro, organizado pelo Le Monde Diplomatique Brasil, é uma apresentação desse debate, com textos do próprio Piketty e diversos outros dos principais pensadores sociais de nosso tempo.
O ABSOLUTO FRÁGIL
"O Absoluto frágil", do filósofo esloveno Slavoj Zizek, mostra como o
cristianismo e o marxismo podem estar lado a lado na luta contra o
fundamentalismo e defende que o legado cristão teria um núcleo
subversivo essencial para a constituição de uma política de emancipação
universal. O filósofo traz o materialismo à luz dos dias atuais, sem
perder de vista a história espectral que assombra o espaço da tradição
religiosa judaica e a importância da filosofia de Hegel para uma análise
do capitalismo contemporâneo. Um ensaio ousado, que fez com que Terry
Eagleton chamasse seu autor de um ativista intelectual frenético, que
sempre parece estar em seis lugares do planeta ao mesmo tempo, como
Sócrates pós-esteróides.
LUZES DE EMERGÊNCIA SE ACENDERÃO AUTOMATICAMENTE
Henrique mora nos subúrbios de Porto Alegre com a família e é um garoto
que se considera, em todos os aspectos, uma pessoa normal. Está na
faculdade, trabalha num posto de gasolina em meio período, mora com os
pais, tem uma namorada. Fala pouco, é introspectivo, mas cultiva
amizades sólidas. Tudo muda quando seu melhor amigo de infância,
Gabriel, sofre um acidente banal e, pouco tempo depois, é hospitalizado
em coma. Num 7 de setembro chuvoso, Gabriel bate a cabeça em sua própria
casa, e, após uma cirurgia de emergência, não há muito que fazer, dizem
os médicos. Apenas esperar. E Ike, os pais de Gabriel, seu irmão mais
velho e os amigos aguardam o menor sinal de melhora. Ao se aproximar do
Natal, Ike começa a escrever. São cartas em sequência ao amigo, como uma
conversa. Para "quando tu acordar", diz ele. "Queria saber quando tu ia
acordar, como tu tá, o que tem acontecido, se tem algo que dê pra
fazer", escreve Henrique, enquanto ele, os amigos e a família de Gabriel
levam a vida em suspenso.
A DESCOBERTA DA CURRYWURST
Movido pela curiosidade acerca das origens da
"currywurst", um prato tipicamente alemão – a despeito do tempero
indiano –, o narrador desta trama revisita a região onde passou parte de
sua infância e a banquinha de lanches do bairro onde tantas vezes se
alimentou. Seguindo os ecos de sua memória e os boatos que apontavam a
mulher da barraquinha como a inventora da inusitada combinação de
sabores, o narrador chega a um asilo em Hamburgo. Lena Brücker tem muito
a contar, sem dúvida, mas ela não tem nenhum interesse em chegar rápido
ao final da história. Feliz com a companhia do entrevistador, Lena
começa o relato a partir do momento em que conheceu um soldado alemão.
Ela deu abrigo a ele, transformou-o em desertor de guerra e seu amante.
Enquanto tricota um blusão de lã, Lena reconstrói a atmosfera de um país
ocupado, à espera do colapso iminente, e revive a sucessão de fatos que
levaram à descoberta do prato que viria a se tornar um símbolo da nova
Alemanha. Este caminho perpassa a solidão de quem vê a família inteira
ir para o front, os improvisos que possibilitam a sobrevivência em
tempos de guerra, a constante vigilância do regime nazista e a breve
obsessão que o soldado muito mais jovem causou nela. Neste livro em que a
Segunda Guerra Mundial é pano de fundo e ponto de origem de todos os
conflitos, Uwe Timm traz uma história que mistura sensibilidade e dureza
em iguais medidas, e mostra como a guerra é capaz de embrutecer
qualquer ser humano, mas nem sempre consegue derrotar o espírito.
ESPERE A PRIMAVERA, BANDINI
Primeiro romance de John Fante, publicado originalmente
nos Estados Unidos, em 1938, este livro narra as histórias de Arturo
Bandini. Bandini, filho de imigrantes italianos, acompanha o sofrimento
dos pais, que estão separados e não conseguem se entender, enquanto
tenta lidar com seus próprios dilemas na escola e com os irmãos, no
congelante estado do Colorado. Comovente e engraçado, o livro nos mostra
o olhar cortante, sensível e sarcástico de um dos personagens mais
icônicos da literatura norte-americana.
A VÍTIMA PERFEITA
Toda semana, Naomi Jenkins se dirige às escondidas para um hotel barato
onde se encontra com Roberto Hawort, um homem casado. Quando ele falta
oa compromisso, sem nenhum aviso, Naomi tem certeza que algo estranho
aconteceu ao amante. A polícia, no entanto, não está convencida disso,
especialmente depois que a esposa de Robert, Juliet, garante que ele não
está desaparecido. Desesperada, Naomi resolve convencê-los de que
Robert é perigoso e precisa ser encontrado com urgência. Para tanto, ela
revela detalhes de sua própria existência traumática do passado. Ao
constatar que a história apresenta impressionante semelhança com outros
relatos de mulheres vítimas de estupro, a sargento Charles Zailer e o
inspetor Simon Waterhouse iniciam uma investigação perigosa, repleta de
pistas falsas e reviravoltas.
O PRÍNCIPE DA NÉVOA
O novo lar dos Caver está rodeado de mistério. O espírito de Jacob, o
filho dos antigos proprietários que morreu afogado, ronda o local. As
estranhas circunstâncias dessa morte só aumentam com a aparição do
Príncipe da Névoa, que concede um desejo a qualquer pessoa a um alto
preço.
O verbo "palavrar" necessita ser conjugado. Em todas as pessoas. Este
livro, nessa perspectiva, apresenta alguns verbos: a palavra de pessoas
que se inauguram na conjugação do verbo "palavrar". E, para isso,
carecem de verterem seus olhares sobre a vida, sobre o mundo, sobre as
coisas e as pessoas. Só assim, filtrado pelo viés da sensibilidade
(pessoal, mas ao mesmo tempo comunicante), que a palavra subverte a
condição da experiência individual, pessoal, para alçar-se ao outro. Só
assim, na busca da capacitação técnica para o dito, tornam-se capazes da
conjugação. Eu palavro. Uma oficina literária quer, pois, auxiliar na
declinação do verbo, quer indicar rumos para que a sintaxe do verbo
"palavrar" possa ser a luz sobre a escuridão que, por vezes, envolve o
ato da escrita. Através do desafio e da necessidade de mergulhar entre
as palavras, é que as narrativas vão se fazendo. Não apenas as
ficcionais. Narramos os outros, o altero, mas nesse narrar acabamos por
nos narrarmos também.
Obs.: Doação Sintrajufe-RS
A complexidade dos problemas ocasionados no Uruguai pela implantação de
monoculturas de árvores e fábricas de celulose em grande escala,
juntamente com as dificuldades para realizar um debate sério a respeito
nos levou a tentar este novo aporte à discussão.Estamos diante de uma
sucessão de fraudes. A primeira foi a Lei Florestal, que disse uma coisa
para fazer outra muito diferente. A segunda foi não assumir que era um
novo modelo de produção e não investigar nem tomar medidas quando seus
efeitos foram percebidos. São fraudes nos relatórios das empresas de
celulose e das autoridades que devem aplicar com rigor as leis. Fraudes
do BID e do Banco Mundial, que falam de sustentabilidade e participação
para continuar com suas políticas tradicionais em favor do grande
capital. Fraude do Governo de Tabaré Vazquez, que se opunha à política
florestal dos partidos Blanco e Colorado, mas que em seguida a
consolidou. Finalmente, fraude ao desviar a atenção sobre questões
principais em jogo, apelando para a exacerbação nacionalista.
Obs.: Doação Sintrajufe-RS
Com
sua rara capacidade de explicar temas filosóficos para o leitor comum,
Marcia Tiburi alcançou o sucesso de público e de crítica como uma
filósofa pop. E nesses tempos de nervos à flor da pele e agressivos
embates políticos, Marcia traz em Como conversar com um fascista um
propósito filosófico-político: pensar com os leitores sobre questões da
cultura política experimentada diariamente, de um modo aberto, sem cair
no jargão acadêmico. O argumento principal é como pensar em um método,
ou uma postura, para contrapor o discurso de ódio, seus reflexos na
sociedade brasileira e repercussão nas redes sociais. A filósofa propõe o
diálogo como forma de resistência e analisa notícias recentes e
acontecimentos do mundo político para mostrar mais uma vez que é
possível falar sobre temas complexos de maneira que todos compreendam.
Com apresentação de Rubens Casara e prefácio de Jean Wyllys, o livro
traz ensaios inéditos e alguns já publicados na revista Cult, combinando
a profundidade e a sofisticação intelectuais presentes na medida certa
na obra de Marcia Tiburi.
Ao traçar a luta íntima entre a rebeldia e a espera pelo
milagre da libertação, "O Viajante e o Mundo da Lua" compõe uma alegoria
da transformação da miragem um dia vislumbrada pelo humanismo europeu
em desesperança e tragédia. Num estilo marcado pela leveza e concisão,
Antal Szerb recorre aos elementos volúveis da comédia para refletir
sobre o que é grave e o que é sombrio.
Obs.: Doação de Jordana Benites (Bco. do Brasil)
AS PESSOAS NA ORGANIZAÇÃO
O mais precioso capital das empresas nos dias atuais é o seu quadro de
pessoal. Organizações que sabem como descobrir e cultivar talentos saem
na frente e se mantêm competitivas por mais tempo. Os trabalhos reunidos
nesta obra constituem uma valiosíssima plêiade de recomendações
práticas, fundamentadas em pesquisas rigorosas e teorias sólidas - todas
de grande utilidade para quem reconhece a importância das pessoas e das
organizações na sociedade moderna.
Obs.: Doação prof. Celso Afonso Monteiro Pudwell RH DE DENTRO PARA FORA: SEIS COMPETÊNCIAS PARA O FUTURO DA ÁREA DE RECURSOS HUMANOS
O RH pode agregar valor ao negócio? Pode e deve. É disso
que trata este livro. Repleto de dicas para profissionais de RH e
baseado em pesquisa dos autores, vai ajudar o leitor a reconhecer as
competências essenciais para o futuro da área; como estruturar um
departamento eficiente e como permanecer competitivo e atualizado no
mundo do RH.
Obs.: Doação prof. Celso Afonso Monteiro Pudwell
MOTIVAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES
A verdadeira e autêntica motivação é um impulso natural
das pessoas que consideram o trabalho como fonte de atendimento das
expectativas interiores. Ele contribui para afirmação da própria
liberdade e autenticidade. Mais do que os indivíduos, as organizações
precisam contar com colaboradores identificados e motivados pelos
objetivos aos quais elas se propõem. Durante algum tempo, acreditou-se
que a motivação para o trabalho poderia ser estimulada pela promessa de
premiações e ameaças de punição. Isso só levou a um ponto em que esses
colaboradores faziam apenas aquilo que eram pagos para fazer, usando os
recursos do condicionamento. A motivação para o trabalho representa uma
necessidade única das pessoas. Ela poderá levar cada um ao
desencadeamento de um processo que culminará com a felicidade pessoal e
isso só ocorre quando o indivíduo assim o quer, e quando as empresas
cumprem sua obrigação de ajudá-los a tanto. A verdadeira satisfação
motivacional está ligada às escolhas que cada um faz atendendo ao
referencial de auto identidade, autoestima e auto gerenciamento. Este
livro foi redigido para oferecer ao leitor diferentes opções que poderão
levá-lo à felicidade na vida pessoal e na vida de trabalho.
Obs.: Doação prof. Celso Afonso Monteiro Pudwell
MERCADO DE CAPITAIS : FUNDAMENTOS E TÉCNICAS
Este livro expõe os tópicos fundamentais do mercado de capitais e as operações que nele podem realizar seus participantes, geralmente apresentados como inacessíveis ao público leigo. O autor oferece uma análise completa e sistematizada dos principais conceitos que envolvem o tema, os quais, por meio de rigorosa exposição didática, torna-se de fácil assimilação. Houve também preocupação com a linguagem utilizada, de modo que esteja acessível ao leitor não tão familiarizado com o mercado. A obra caracteriza-se também por manter o enfoque prático, sempre que possível, sem com isso perder o rigor formal da teoria.
Obs.: Doação prof. Celso Afonso Monteiro Pudwell
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