CADEIRA DE BALANÇO
Este livro tem cheiro de muitos temperos e de pamonha
feita em casa. Daquela casa da Ilha de São Luís do Maranhão, onde Maria
nasceu e foi o palco de sua infância e adolescência. Um a um, entram em
cena os personagens principais: Diquinha, Monteiro e os quatorze filhos
que souberam moldar, com disciplina e liberdade, à sua imagem e
semelhança. "Cadeira de balanço" é um título que tudo revela: o móvel
predileto de Diquinha, colocado numa posição onde a mãe controla e
acalenta cada detalhe da educação dos filhos, do trabalho das empregadas
domésticas, da valorização do marido que tanto ama, dos vazios das
despedidas, mantendo o ritmo tranquilo e firme de setenta anos de vida
em comum.
AS VIAGENS DE HELENA
A narrativa resgata nossas fantasias e os fantasmas mais
ocultos. Juntar as duas paixões, escrever e viajar, resultou em um livro
solo, com vários contos: "As Viagens de Helena". Viagens reais a
lugares exóticos e viagens ao mundo interior da personagem que criei:
recordações da infância, da adolescência, dos antepassados. Como criador
e criatura estão intimamente relacionados, Helena tem muito de mim e eu
um pouco de Helena. Sendo assim, os contos são um recorrido das
lembranças mais secretas. No jogo narrativo se mesclam fantasia e
realidade, literatura e vida. As recordações não são sempre o que
parecem. Como diz Kucinski : "Tudo aqui é invenção, mas quase tudo
aconteceu".
POESIA & DECLAMAÇÃO
É verdade, a poesia vive dentro de nós. Mas pode viver
sufocada, prisioneira da nossa ânsia de ganhar o pão do dia seguinte.
Assim, o maior presente que ganhei ao ministrar esta Oficina, foi
partilhar da alegria dos encontros semanais, testemunhar o nascimento de
alguns poetas e o renascimento de outros, acalentar, um a um, os muitos
poemas recém nascidos, ver o fogo brilhando em cada olhar.
PALAVRAS, IMAGENS, FRASES
Recomendo ao leitor que devore este livro, imediatamente.
Devore, converse com cada um dos seus contos, toque neles e sinta o
perfume, mas não deixe de degustar, como um vinho raro, o seu bouquet.
Popular na generosa ideologia, talvez por isso mesmo o autor seja culto e
sofisticado em seu modo de escrever. Muito do que conta, o faz nas
entrelinhas, confiando na cultura e inteligência do leitor. Mensagem
cifrada, algumas vezes, mas sempre humana e real. Imagino Bolívar com
este livro debaixo do braço e tenho que sorrir. É como um vendedor de
flores que traz para o mercado uma rosa rara que ele próprio plantou. E
fica em dúvida, embora viva do trabalho, se não será melhor guardá-la
para sua mais íntima emoção.
7x1: CONTOS DE DOR E ALEGRIA
Com o objetivo de unir literatura e futebol no cenário gaúcho e mundial,
propus uma exposição de textos, em forma de contos, sobre o futebol ou
fatos inusitados dos países que participaram da Copa do Mundo 2014.
E SE NÃO FOR AMOR
Este livro trata-se de uma novela de costumes, onde os
personagens, muito além das peripécias do "ménage à trois", da paixão ou
de sua terrível ausência, revelam a maneira de viver de toda uma época.
Assim, Duda, a personagem principal deste livro, é irmã de Capitu. Tem
os mesmos "olhos de ressaca", com a vantagem de poder revelar ao leitos,
sem os subterfúgios do século XIX, todas as suas atitudes e
sentimentos.
NOS CAMINHOS DE SANTO CRISTO
Em contagem regressiva para o Bicentenário, a Imigração
Alemã ganha um livro de grande valor histórico e sentimental. O escritor
Eloi Wilges, sem nunca desviar-se da história de sua terra, consegue
reviver a saga dos pioneiros que atravessaram o Atlântico em busca de
uma nova querência. A cidade de Santo Cristo, no Rio Grande do Sul, é o
palco por onde desfilam todos os personagens deste livro. Seu autor, que
teve de deixá-la na juventude, para seguir carreira na Caixa Econômica
Federal, nos leva de volta para conhecermos ao vivo o que teve e tem de
melhor: seu próprio povo. Desde as façanhas do desbravamento, até o modo
de viver nos dias atuais, tudo é narrado, em cada conto, com talento,
veracidade e bom humor.
ESTÓRIAS DE BOTECO
Um livro que faltava em Porto Alegre: Tudo começou no
boteco Fun Fun, em Montevidéu. Nosso grupo de escritores foi barrado na
porta. Inconformados, pedimos ajuda ao Valmor, grande conhecedor desses
ambientes pelo mundo afora. Ele foi lá e conseguiu o milagre. Entramos,
antes da hora, num local que logo transbordava com turistas de
diferentes idiomas, todos com reservas feitas há muito tempo. No meio da
algazarra, bebendo uvita e vino tinto, perguntamos a ele: A exemplo do
Mario Delgado Aparaín, com seus "Boliches Montevideanos", por que não
escreves um livro sobre os botecos de Porto Alegre? Pois o livro aqui
está, em papel e tinta: "Estórias de boteco et alii". Isto porque,
esgotado seu estoque bolicheiro, ele completou com outros causos dignos
de serem conhecidos pelo leitor.
FEMININO, PLURAL
Neste livro, Neiva Santos Silva diz da perplexidade e da
angústia do viver. Mostra aspectos da condição da mulher: impasses,
contradições, lutas e esperanças, sem a pretensão de representar todo o
universo feminino. São ocorrências estilísticas, pequenos trechos, tão
delicados que provocam emoção. De um detalhe potencialmente iluminador
se desenvolve um conjunto expressivo.
COLLORÍSSIMO
A crônica, gênero híbrido, que transita entre a linguagem
jornalística e a literária, provoca o leitor a olhar de perto o
cotidiano, a tentar compreendê-lo e a recriá-lo. Uma das características
mais importantes do gênero é a vivacidade, o comentário no calor da
hora, daí também sua alegada fragilidade como literatura. Isso,
entretanto, vem deixando de ser relevante na contemporaneidade, quando a
certeza e a duração tornam-se critérios de valor tão relativos. É o que
permite que o gênero fortaleça seu status, que se transforme em objeto
de estudos literários, como a dissertação de mestrado de Breno Serafini,
agora apresentada em forma de livro. Com recursos colhidos na academia a
respeito do humor e do riso, a argúcia de leitor atento e favorecido
por uma significativa seleção de crônicas de Luiz Fernando Verissimo que
é objeto de estudo, Breno retoma o gênero, problematiza a sua relação
com a literatura e a história e nos oportuniza uma potente reflexão a
respeito do Brasil da era Collor, entre 1990 e 1992. Por fim, como quem
verifica e confirma seus acertos, o livro nos brinda com uma breve
atualização e examina crônicas que tratam do atual golpe à presidenta
Dilma Rousseff sob o olhar de Verissimo. Aí também o papel do gênero e
do autor se confirma: ser arauto dos tempos, como o menino do conto que,
durante o desfile do rei, é o primeiro a gritar a plenos pulmões que o
rei está nu.
FARMÁCIA LITERÁRIA
Lido no momento certo, um livro pode mudar sua vida.
"Farmácia literária" é um tributo a esse poder. Para criar esta obra, as
autoras viajaram por dois mil anos selecionando livros que promovem
felicidade, inspiração e sanidade, escritos por mentes brilhantes que
nos mostram o que é ser humano e nos permitem identificação ou até mesmo
catarse. Estruturado como uma obra de referência, em "Farmácia
Literária" os leitores podem simplesmente procurar por sua "doença",
seja ela agorafobia, tédio ou crise da meia-idade, e encontrarão um
romance como antídoto. Brilhante e encantador, "Farmácia literária"
pertence tanto à estante de livros quanto ao armário de remédios. Esta
obra vai fazer com que até mesmo o leitor mais aficionado descubra um
livro do qual nunca ouviu falar e enxergue com outros olhos aqueles mais
familiares.
A COSTUREIRA DE DACHAU
Passado entre o glamour de Paris e o desespero dos campos
de concentração, "A Costureira de Dachau", conta a história de uma
mulher traída e abandonada, que precisa sobreviver sozinha em meio às
tragédias da maior guerra que o mundo já enfrentou. Suas razões podem
parecer suspeitas, e não há certeza de sua inocência… Quando Ada por fim
acredita estar em sua busca por redenção, o passado bate à sua porta.
Forçada a enfrentar seus fantasmas e os segredos de sua vida que tanto
buscara superar, ela será obrigada a decidir entre a verdade e a
sobrevivência. Cada pessoa passa por uma guerra pessoal. Qual seria a de
Ada Vaughan?
A LIVRARIA DOS FINAIS FELIZES
Sara tem 28 anos e nunca saiu da Suécia — a não ser
através dos (vários) livros que lê. Quando sua amiga Amy, uma senhora
com quem troca livros pelo correio há anos, a convida para visitá-la na
cidade de Broken Wheel, Iowa, Sara decide se aventurar. Mas ao chegar
lá, descobre que Amy faleceu. Sara se vê desacompanhada na casa da
amiga, em uma cidade muito pequena, e começa a pensar que talvez esse
não seja o tipo de férias que havia planejado. Com o tempo, Sara
descobre que não está sozinha. Nessa cidade isolada e antiga, estão
todas as pessoas que ela conheceu através das cartas da amiga: o pobre
George, a destemida Grace, a certinha Caroline e Tom, o amado sobrinho
de Amy. Logo Sara percebe que Broken Wheel precisa desesperadamente de
alguma aventura, um pouquinho de autoajuda e talvez uma pitada de
romance. Resumindo: a cidade precisa de uma livraria.
POR QUE FAZEMOS O QUE FAZEMOS?
Bateu aquela preguiça de ir para o escritório na
segunda-feira? A falta de tempo virou uma constante? A rotina está
tirando o prazer no dia a dia? Anda em dúvida sobre qual é o real
objetivo de sua vida? O filósofo e escritor Mario Sergio Cortella
desvenda em Por que fazemos o que fazemos? as principais preocupações
com relação ao trabalho. Dividido em vinte capítulos, ele aborda
questões como a importância de ter uma vida com propósito, a motivação
em tempos difíceis, os valores e a lealdade – a si e ao seu emprego. O
livro é um verdadeiro manual para todo mundo que tem uma carreira mas
vive se questionando sobre o presente e o futuro. Recheado de
ensinamentos como "paciência na turbulência, sabedoria na travessia", é
uma obra fundamental para quem sonha com realização profissional sem
abrir mão da vida pessoal.
HISTÓRIA DE QUEM FOGE E DE QUEM FICA
No terceiro volume da série Napolitana, Lenu e Lila partem
para os embates da vida adulta. Numa sequência angustiante e sem espaço
para a inocência de outrora, Elena Ferrante coloca o leitor no meio do
turbilhão que se forma das amizades, das relações sociais e dos
interesses individuais. "História de quem foge e de quem fica" é uma
obra de arte a respeito do amor, da maternidade, da busca por justiça
social e de como é transgressor ser mulher em um mundo comandado pelos
homens.
TUDO QUE DEIXAMOS PARA TRÁS
Em 1852, William é um deprimido biólogo inglês, que deseja
criar um novo tipo de colmeia capaz de trazer reconhecimento para sua
família. Em 2007, George é um apicultor americano que luta para manter o
negócio produtivo e acredita que seu filho pode ser a salvação de sua
fazenda. Em uma China futurista, quando todas as abelhas desapareceram,
Tao trabalha com polinização manual. Enquanto passa seus dias pendurada
em árvores, deseja para seu filho uma educação e vida melhores do que a
sua. Mais do que uma distopia sobre o desaparecimento das abelhas, em
que passado, presente e futuro se encontram, "Tudo que deixamos para
trás" é uma poderosa história sobre o relacionamento entre pais e filhos
e o sacrifício que fazemos por nossas famílias.
ENCLAUSURADO
O narrador deste livro é nada menos do que um feto. "Enclausurado" na
barriga da mãe, ele escuta os planos da progenitora para, em conluio com
seu amante — que é também tio do bebê —, assassinar o marido. Apesar do
eco evidente nas tragédias de Shakespeare, este livro de McEwan é uma
joia do humor e da narrativa fantástica. Em sua aparente simplicidade,
"Enclausurado" é uma amostra sintética e divertida do impressionante
domínio narrativo de McEwan, um dos maiores escritores da atualidade.
TODOS QUEREM SER MUJICA
Seleção de textos escritos pelo autor entre 2014 e 2016, a maioria publicados no jornal Zero Hora. Os temas das crônicas combinam a versatilidade do gênero com o ecletismo do autor, abordando a cena latino-americana, comportamento, análise política e um clássico das letras - o memorialismo.
A QUÍMICA
Uma ex-agente especial fugindo de seus antigos
empregadores precisa aceitar um novo caso para limpar seu nome e salvar a
própria vida. Ela trabalhava para o governo americano, mas poucas
pessoas sabiam disso. Especialista em seu campo de atuação, era um dos
segredos mais bem guardados de uma agência tão clandestina que nem
sequer tinha nome. E quando perceberam que ela poderia ser um problema,
passam a persegui-la. A única pessoa em quem ela confiava foi
assassinada. Ela sabe demais, e eles a querem morta. Agora ela raramente
fica em um mesmo lugar ou usa o mesmo nome por muito tempo. Até que um
antigo mentor lhe oferece uma saída — uma oportunidade de deixar de ser o
alvo da vez. Será preciso aceitar um último trabalho, e a única
informação que ela recebe a esse respeito só torna sua situação ainda
mais perigosa. Ela decide enfrentar a ameaça e se prepara para a pior
batalha de sua vida, mas uma paixão inesperada parece diminuir ainda
mais suas chances de sobreviver. Enquanto vê suas escolhas se evaporarem
rapidamente, ela vai usar seus talentos como nunca imaginou. Uma trama
repleta de tensão, na qual a autora cria uma heroína poderosa e
fascinante, com habilidades diferentes de todas as outras, e prova mais
uma vez por que seus livros estão entre os mais vendidos do mundo.
SEM GENTILEZA
Em meio ao apartheid, nos guetos da África do Sul, mãe e
filha precisam sobreviver em um ambiente marcado pela pobreza e pelo
medo da aids. Este livro traz uma história de superação de cruéis
adversidades, mas também conta a trajetória de libertação pessoal de uma
mulher orgulhosa e de uma menina que se torna adulta cedo demais.
Diante de uma sociedade machista que tenta anular suas existências, Zola
e Mvelo lutam para que suas vozes sejam ouvidas.
SOPAPO POÉTICO: PRETESSÊNCIA
O livro "Pretessência" apresenta algumas das inúmeras
vozes negras gaúchas que fomentam literatura. De nomes consagrados a
talentos emergentes, mais velhos ou mais jovens, as variadas trajetórias
presentes nesta antologia apontam que não há limites para a poesia!
FLOR DA PELE
Estamos no início do século XIX, e a varíola, também
conhecida como “flor negra” pelas marcas que deixa na pele daqueles que
são infectados, é a doença mais temida do mundo. Não há rico ou pobre,
criança ou velho, que esteja a salvo. Ao menos até pesquisadores
começarem a testar um método ousado, porém eficaz, que consiste em
provocar infecções atenuadas em pessoas saudáveis, tornando seus
organismos resistentes ao mal. É nesse momento que uma jovem mãe
solteira, Isabel Zendal, torna-se a primeira enfermeira da história numa
missão internacional. Acompanhada por vinte e duas crianças com idades
entre três e nove anos, ela parte rumo aos territórios espanhóis no
além-mar para levar a recém-descoberta vacina da varíola à populações
pobres. A expedição é liderada pelo médico Francisco Xavier Balmis e por
seu ajudante, Josep Salvany, que enfrentarão a oposição do clero e a
corrupção de autoridades locais e também disputarão o amor de Isabel.
UMA MENINA ESTÁ PERDIDA NO SEU SÉCULO À PROCURA DO PAI
Um romance arrebatador e instigante sobre a busca empreendida por uma
jovem com necessidades especiais nos escombros da Segunda Guerra
Mundial. Na fragilizada Europa do pós-guerra, Marius encontra Hanna,
adolescente de cabelos castanhos e olhos pretos. A menina fala com
dificuldades e entende precariamente o que acontece em seu entorno. Tem
síndrome de Down e está a procura de seu pai. Marius tem pressa, mas
muda o seu percurso para acompanhá-la em sua jornada. A busca leva-os
até Berlim, onde os dois circulam entre as obsessões mais sombrias e os
escombros do século XX. Com um texto inventivo e emocionante, Gonçalo M.
Tavares consegue algo raro na literatura contemporânea: alia uma
história forte e com conteúdo humano a uma intensa — mas sempre
acessível — busca por novos caminhos na escrita do romance.
UMA FUGA PERFEITA É SEM VOLTA
Funcionário da chapelaria de um museu, Klaus mora sozinho
em um velho apartamento no bairro turco de Berlim. Depois de anos sem
contato com a família no Brasil e após uma noite mal dormida, telefona
para a irmã, Agnes, que, em meio a trivialidades, revela que o pai está
morto há meses. A partir dessa descoberta, Klaus se entrega à dúvida
entre voltar ao lugar em que nasceu e avaliar os motivos pelos quais
escolheu a distância ou permanecer e lidar com a condição de
estrangeiro, a dificuldade com a língua alemã, a gagueira e a
configuração corporal sexualmente confusa que o aflige. Em um contexto
de incansável meditação sobre questões éticas e afetivas, Marcia Tiburi
desenvolve as questões de um narrador angustiado em constante fuga, mas
que encontra, em uma saída surpreendente, um sinal para seguir com a
vida.
A DIFÍCIL DEMOCRACIA: REINVENTAR AS ESQUERDAS
Para onde vai a democracia? Esse é o ponto de partida de
"A Difícil democracia – reinventar as esquerdas", livro inédito do
cientista social português Boaventura de Sousa Santos, que analisa a
urgência de esquerdas reflexivas na atualidade. Neste livro, ele avalia a
ascensão dos movimentos Occupy e das revoltas da indignação, os
desafios da Venezuela pós-Chaves, as experiências recentes no sul da
Europa, a história – bem como o desgaste – das democracias na passagem
do século XX para o XXI e o surgimento de um novo jeito de fazer
política. A obra aborda temas atuais, que nos últimos seis anos captaram
a atenção do autor por serem sintomáticos de desenvolvimentos que
poderiam afetar no futuro, positiva ou negativamente, as forças
progressistas e o aprofundamento da democracia. Santos também apresenta
reflexões políticas sobre a democracia em geral e sobre o populismo, na
forma de duas longas entrevistas. Na parte intitulada reinventar as
esquerdas o cientista social faz uma interpelação às esquerdas, em
treze cartas, e no epílogo ele propõe uma reflexão utópica sobre o
desperdício da experiência social e política no nosso tempo, a que as
esquerdas não são imunes.
BEIJE-ME ONDE O SOL NÃO ALCANÇA
Um conde russo, a herdeira de um barão do café do Vale do
Paraíba e uma ex-escrava. Unindo as pontas do triângulo, paixões,
tragédias, a moral hipócrita de uma época, grandes fortunas, falências,
derrocadas ... Neste romance que parte de fatos e personagens verídicos,
Mary Del Priore cria uma narrativa que prende o leitor desde a primeira
página. O olhar da historiadora faz um retrato vivo do tempo e dos
acontecimentos que o marcaram, mas é a história de amor de Maurice
Haritoff, Nicota Breves e Regina Angelorum (nomes reais que parecem
inventados) que nos arrebata. Com descrições de uma riqueza
impressionante, Mary Del Priore nos faz mergulhar na narrativa, nos
carrega para dentro da história. Sentimos os cheiros, ouvimos os sons,
vemos pelas frestas dos casarões um mundo onde convivem dramas,
angústias, ambição, sensualidade, opressão feminina e religiosidade.
Somos levados, ou nos deixamos levar. Difícil é voltar da viagem quando o
livro acaba.
HOMENS IMPRUDENTEMENTE POÉTICOS
Num Japão antigo o artesão Itaro e o oleiro Saburo vivem
uma vizinhança inimiga que, em avanços e recuos, lhes muda as
prioridades e, sobretudo, a capacidade de se manterem boa gente. A
inimizade, contudo, é coisa pequena diante da miséria comum e do
destino. Conscientes da exuberância da natureza e da falha da sorte, o
homem que faz leques e o homem que faz taças medem a sensatez e,
sobretudo, os modos incondicionais de amarem suas distintas mulheres.
Valter Hugo Mãe prossegue a sua poética ímpar. Uma humaníssima visão do
mundo.
Do primeiro disco voador ao último porre, Rita é consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, várias vezes temos a sensação de estar diante de uma bio não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias. A infância e os primeiros passos na vida artística; sua prisão em 1976; o encontro de almas com Roberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos; os tropeços e as glórias. Está tudo lá. E você pode ter certeza- essa é a obra mais pessoal que ela poderia entregar de presente para nós. Rita cuidou de tudo. Escreveu, escolheu as fotos e criou as legendas - e até decidiu a ordem das imagens -, fez a capa, pensou na contracapa, nas orelhas... Entregou o livro assim- prontinho. Sua essência está nessas páginas. E é exatamente desse modo que a Globo Livros coloca a autobiografia da nossa estrela maior no mercado.
RITA LEE : UMA AUTOBIOGRAFIA
Do primeiro disco voador ao último porre, Rita é consistente. Corajosa. Sem culpa nenhuma. Tanto que, ao ler o livro, várias vezes temos a sensação de estar diante de uma bio não autorizada, tamanha a honestidade nas histórias. A infância e os primeiros passos na vida artística; sua prisão em 1976; o encontro de almas com Roberto de Carvalho; o nascimento dos filhos, das músicas e dos discos clássicos; os tropeços e as glórias. Está tudo lá. E você pode ter certeza- essa é a obra mais pessoal que ela poderia entregar de presente para nós. Rita cuidou de tudo. Escreveu, escolheu as fotos e criou as legendas - e até decidiu a ordem das imagens -, fez a capa, pensou na contracapa, nas orelhas... Entregou o livro assim- prontinho. Sua essência está nessas páginas. E é exatamente desse modo que a Globo Livros coloca a autobiografia da nossa estrela maior no mercado.
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