quarta-feira, 31 de maio de 2017

Aquisições & Doações - Maio/2017

Estranhos à nossa porta 

Uma reflexão atual e necessária sobre a crise dos refugiados. Enquanto assistimos a um enorme salto no contingente de refugiados que batem à porta da Europa em busca de asilo, muros são apressadamente erguidos para evitá-los. Neste livro breve e atual, Zygmunt Bauman analisa as origens, os contornos e o impacto do medo de que algo terrível possa ameaçar o bem-estar da sociedade. O autor disseca o pavor provocado pelas migrações e o processo de desumanização dos recém-chegados. Mostra também como políticos têm explorado os temores e ansiedades que se generalizaram, especialmente entre os que já perderam muito – os excluídos e os pobres. Muito mais do que uma crise migratória, vivemos uma crise humanitária, afirma Bauman. E a única forma de escapar é rejeitarmos as traiçoeiras tentações da separação, reconhecermos nossa crescente interdependência como espécie e encontrarmos novas formas de convivência em solidariedade e cooperação com aqueles que podem ter opiniões ou preferências diferentes das nossas. Em vez de muros, precisamos construir pontes.







Para educar crianças feministas


Após o enorme sucesso de "Sejamos todos feministas", Chimamanda Ngozi Adichie retoma o tema da igualdade de gêneros neste manifesto com quinze sugestões de como criar filhos dentro de uma perspectiva feminista. Escrito no formato de uma carta da autora a uma amiga que acaba de se tornar mãe de uma menina, Para educar crianças feministas traz conselhos simples e precisos de como oferecer uma formação igualitária a todas as crianças, o que se inicia pela justa distribuição de tarefas entre pais e mães. E é por isso que este breve manifesto pode ser lido igualmente por homens e mulheres, pais de meninas e meninos. Partindo de sua experiência pessoal para mostrar o longo caminho que ainda temos a percorrer, Adichie oferece uma leitura essencial para quem deseja preparar seus filhos para o mundo contemporâneo e contribuir para uma sociedade mais justa.





           
Modernidade e holocausto

Este livro discute o que a sociologia pode nos ensinar sobre o Holocausto, concentrando-se mais particularmente, porém, nas lições que o holocausto tem a oferecer à sociologia. Zygmunt Bauman, ressalta aqui como o significado do holocausto pôde ser subestimado em nossa compreensão de modernidade: ora o holocausto é reduzido a algo que aconteceu com os judeus, ora é visto como representando aspectos repulsivos da vida social que o progresso da modernidade irá gradualmente superar. Não há nada comparável a este livro na literatura sociológica. Sutil, porém intenso e perturbador, causará grande impacto tanto naqueles que lidam diretamente com a disciplina da sociologia como nos interessados por um dos fenômenos mais terríveis de nosso tempo. 








 Civilização : Ocidente x Oriente 

Em 1411, se você desse uma volta ao redor do mundo, ficaria impressionado com as civilizações do Oriente. A China da dinastia Ming estava em pleno desenvolvimento.  No Oriente Médio, os otomanos estavam se aproximando de Constantinopla, que seria tomada em 1453. Já a Europa Ocidental era composta de Estados miseráveis (como Inglaterra, França, Portugal), assolados pela peste, por péssimas condições sanitárias e por guerras intermináveis. Quanto à América do Norte, era uma selvageria anárquica em comparação com os reinos Astecas, Maias e Incas nas Américas Central e do Sul. Quando você terminasse sua volta ao mundo, a noção de que o Ocidente dominaria o restante pareceria bem fantasiosa. No entanto, foi exatamente isso o que aconteceu. O que fez que a civilização europeia sobrepujasse os impérios do Oriente?Segundo o historiador Niall Ferguson, tudo se deve a seis incríveis "aplicativos" que o Ocidente desenvolveu e que ninguém mais tinha: a competição, a ciência, o direito de propriedade, a medicina, o consumo e a ética do trabalho, e cada um desses "aplicativos" são abordados nesta obra. Por fim, o autor se pergunta se o Ocidente continua tendo condições de dominar o mundo hoje da mesma forma que sempre fez – ou se, na verdade, estaria indo rumo à decadência e à queda. Em "Civilização", Niall Ferguson nos traz a narrativa definitiva da história do mundo moderno.







  Acontecimento : uma viagem filosófica através de um conceito 

Um mergulho no que há de mais excitante e essencial na filosofia! Somos de fato agentes de nossos próprios destinos? O que é preciso para que nós tenhamos a percepção de que algo realmente existe? Num mundo em constante mudança, alguma coisa nova está efetivamente acontecendo? Abordando questões fundamentais em linguagem clara e acessível, um dos mais importantes e conhecidos filósofos da atualidade, Slavoj Žižek nos leva a uma viagem por diferentes definições de um conceito relativamente novo e controverso: o acontecimento. Um acontecimento pode ser uma ocorrência que abala a vida comum, uma ruptura política radical, uma transformação da realidade, uma crença religiosa, o surgimento de uma nova forma de arte ou uma experiência de grande intensidade como apaixonar-se. Após um acontecimento nada permanece igual, mesmo que não haja uma grande mudança aparente. O livro traz o conhecido e contagiante estilo de Žižek: argumentação inteligente e irônica e seu arsenal de referências, em que mistura anedotas, erudição e cultura pop, indo de Jesus Cristo ao Gangnam Style, passando por Deleuze, Hegel e Platão, Kafka e Agatha Christie, cinema de arte, Big Bang e budismo. 







Prisioneiras 

Voluntário durante mais de uma década na Penitenciária Feminina da capital, em São Paulo, Drauzio Varella foi médico e ouvinte de muitas das mais de duas mil detentas que ali cumprem suas penas. A trajetória das presidiárias, a dinâmica que se estabelece entre elas e as especificidades do ambiente prisional feminino são alguns dos grandes temas que compõem "Prisioneiras", último volume da trilogia sobre o sistema carcerário brasileiro - da qual fazem parte os aclamados "Estação Carandiru e Carcereiros". Ao dar voz e individualidade a mulheres esquecidas por grande parte da população, o autor penetra fundo numa estrutura que é quase sempre desumanizadora e finaliza um projeto marcado pelo olhar crítico e sobretudo pela sensibilidade. 






 

  Família : urgências e turbulências 

Em "Família : urgências e turbulências", Mario Sergio Cortella se vê agora desafiado por perguntas que têm provocado preocupação em diversos segmentos da sociedade, especialmente entre os pais que percebem uma irrefreável erosão das relações familiares: Como melhorar o convívio entre pais e filhos? Como educar os jovens? Como estipular limites a eles? Como ser presente na criação e educação dos filhos, diante da vida atribulada que os adultos têm? Como evitar a fragmentação das relações familiares? Como não deixar que a tecnologia atrapalhe o convívio e os estudos? Como impor autoridade a jovens cada vez mais desacostumados a obedecer? Como lidar com crianças e jovens que parecem estar tão mimados, quanto despreparados para enfrentar as dificuldades da vida? A obra traz em suas páginas, além de respostas para estes e outros questionamentos, um posicionamento firme e claro: os pais que enfrentam situações como essas devem estar sempre alertas aos riscos que os conflitos em família podem provocar e, mais do que isso, devem adotar uma postura ativa, urgente e corajosa para encontrar soluções. 






 
Como Clarice Lispector pode mudar sua vida  

Quando passei a ler apenas com a emoção, clarice entrou e se instalou de forma definitiva na minha vida. Até se tornar quase tão indispensável para mim quanto meu pão de cada dia. Aos poucos, ela se transformou num apoio indispensável para os meus momentos de dor. Uma espécie de oráculo para as minhas dúvidas existenciais. Sem - presa a palavra justa a conferir sentido ao que me acontecia. Mesmo que a palavra justa estivesse às vezes encoberta no meio de uma escrita muito mais vertiginosa do que meu pensamento era capaz de alcançar. 






  História da menina perdida : maturidade - velhice 

Ao contar a história da maturidade e da velhice de Lenu e Lina, Elena Ferrante nos faz revisitar os dramas que envolvem a busca incessante pelo amor, a maternidade, o machismo, o envelhecimento físico e mental e a máfia. O embate que as duas protagonistas travaram entre si durante todas as fases da vida segue ainda mais realista. A amizade, ora redentora, ora doentia, torna-se força motriz de todos os passos de Lenu e Lina e de tudo o que as cerca. A dor que permeou os três livros anteriores também continua, e a sensação de que as amigas fizeram os personagens orbitarem ao seu redor atinge também o leitor, que se sente parte desse universo. 









Outros jeitos de usar a boca 

"Outros jeitos de usar a boca" é um livro de poemas sobre a sobrevivência. Sobre a experiência de violência, o abuso, o amor, a perda e a feminilidade. O livro é dividido em quatro partes, e cada uma delas serve a um propósito diferente. Lida com um tipo diferente de dor. Cura uma mágoa diferente. "Outros jeitos de usar a boca" transporta o leitor por uma jornada pelos momentos mais amargos da vida e encontra uma maneira de tirar delicadeza deles. Publicado inicialmente de forma independente por Rupi Kaur, poeta, artista plástica e performer canadense nascida na Índia – e que também assina as ilustrações presentes neste volume. 





 

Cinco esquinas 

Marisa e Chabela são amigas de longa data, ambas casadas, felizes no casamento, bem conhecidas na alta sociedade de Lima nos anos de 1990. A simples amizade, no entanto, se transforma em algo mais quando, presas tarde da noite na casa de uma delas, as duas se veem sozinhas, deitam-se na mesma cama e, sem conseguir dormir, dão asas aos seus mais reprimidos desejos. Parte romance de costumes - na melhor tradição de "Travessuras da menina má" -, parte thriller, Cinco esquinas" é um livro envolvente, que retrata uma sociedade às voltas com a corrupção e o terrorismo, acossada pelo jornalismo sensacionalista, mas que luta até o fim pela liberdade. 







O livro dos espelhos

A verdade de um é a mentira de outro. Um livro com uma trama tão perturbadora que bota o leitor num jogo de espelhos. Quando o agente literário Peter Katz recebe por e-mail um manuscrito parcial intitulado "O Livro dos espelhos", ele fica intrigado. O autor, Richard Flynn, descreve seus dias em Princeton, e documenta sua relação com Joseph Wieder, um renomado psicólogo, pesquisador e professor. Convencido de que o manuscrito completo vai revelar quem assassinou Wieder em sua casa, em 1987 — um crime noticiado em todos os jornais mas que jamais foi solucionado —, Peter Katz vê aí sua chance de fechar um negócio de um milhão de dólares com uma grande editora. O único inconveniente: quando Peter vai atrás de Richard, ele o encontra à beira da morte num leito de hospital, inconsciente, e ninguém mais sabe onde está o restante do original. Determinado a ir até o fim neste projeto, Peter contrata um repórter investigativo para desenterrar o caso e reconstituir o crime. Mas o que ele desenterra é um jogo de espelhos, uma teia de verdades e mentiras. 







  Provence : o lugar onde se curam corações partidos

  A vida de Heidi com o filho tornou-se um jogo para manter viva a memória de Henry, bom pai e marido exemplar. Manter uma vida normal em um mundo em que Henry não existe mais está cada dia mais difícil. Heidi precisa lidar com o filho que se tornou um verdadeiro maníaco por limpeza e com a sobrinha Charlotte, uma adolescente problemática. Uma casa em Provence, na França, que pertence à família de Heidi há gerações, é rica em histórias de amor e surpreendentes coincidências. Heidi e sua irmã mais velha, Elysius, passavam os verões lá quando crianças, junto com a mãe. A casa, as lembranças e os segredos de Provence haviam ficado para trás, mas agora, com o incêndio que atingiu a propriedade, a casa precisa ser salva por Heidi. Ou será que é Heidi quem precisa ser salva pela casa? Uma história de recomeço, amor e esperança perante a perda, em que uma pequena casa na zona rural do sul da França parece ser a responsável por curar corações partidos há anos. 






  Resistência 

"Resistência" narra a trajetória de duas irmãs gêmeas lutando pela sobrevivência na Segunda Guerra Mundial. Pearl e Stasha chegam a Auschwitz em 1944 e ainda vivem sob o encantamento da infância – têm uma conexão muito forte, se entendem, se confortam e brincam juntas. Como parte de um experimento chamado Zoológico de Mengele, as irmãs conhecem o horror e têm suas identidades fraturadas pela dor e pelo sofrimento. No inverno, Pearl desaparece; Stasha chora pela irmã, mas mantém a esperança de encontrá-la viva. Ao final do conflito, Stasha se depara com um mundo em ruínas, uma Polônia devastada pela guerra, e tenta reconstruir sua vida a partir dali. Inspirado na história real das gêmeas Eva e Miriam Mozes, "Resistência" é uma poderosa narrativa, delicada e sensível como belas flores roubadas de um jardim. 

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