CD TROPICÁLIA OU PANIS ET CIRCENSIS
Caetano Veloso e Gilberto Gil causaram grande impacto em suas apresentações no III Festival de Música Popular da TV Record, no ano de 1967.
Ali, foram lançadas as bases para o Tropicalismo em sua versão musical - um movimento que mesclou manifestações tradicionais da cultura brasileira a inovações estéticas radicais daquela época, como correntes artísticas de vanguarda e da cultura pop nacional e estrangeira (como o Rock e o Concretismo). Antes de fins sociais e políticos, a Tropicália foi um movimento nitidamente estético e comportamental.
Em maio de1968, começaram as gravações do álbum que seria o manifesto musical do movimento, do qual participaram artistas como Gal Costa, Nara Leão, Os Mutantes, Tom Zé - além dos poetas Capinam e Torquato Neto e do maestro Rogério Duprat.
Obs.: O CD faz parte da lista de Leituras Obrigatórias para o vestibular UFRGS/2015
TROPICÁLIA : A HISTÓRIA DE UMA REVOLUÇÃO MUSICAL
Carlos Calado conta a trajetória do movimento que mudou a MPB por meio
de uma abrangente reconstituição histórica baseada em entrevistas, farta
pesquisa em arquivos e material iconográfico em grande parte inédito.
Mesmo abatida em pleno vôo pelo AI-5, a Tropicália "organizou o movimento/(re)orientou o carnaval", como pregava a letra de sua canção tema. Em pouco mais de um ano de duração, entre outubro de 1967 e o dezembro fatídico, ela injetou atitude num cenário ainda formalista herdado dos crooners de smokings e longos.
MEUS DESACONTECIMENTOS : A HISTÓRIA DA MINHA VIDA COM AS PALAVRAS
A premiada jornalista Eliane Brum revela suas mais profundas memórias
de infância. De quantos nascimentos e mortes se constitui uma vida? De
quantos partos uma pessoa precisa para nascer? Com quantas palavras se
faz um corpo? A menina que flertava com a morte conta como foi salva
pela palavra escrita. Em cada página, personagens fantasticamente reais
incorporam-se - a irmã morta, que era a mais viva entre todos; a avó,
comedida em tudo, menos na imaginação; a família que precisou de uma
perna fantasma para andar no novo mundo; as tias que viravam flores para
não murchar. Como repórter e escritora, Eliane sempre questionou a
forma como cada um inventa uma vida e cria sentido para seus dias. Em
'Meus desacontecimentos', conta como ela mesma se arrancou do silêncio
para virar narrativa. Neste itinerário de dentro para dentro, a autora
percorre-se com delicadeza, mas sem pudor. Oferece-se ao leitor nua.
Quase em sacrifício.
O PROFESSOR
O professor Heliseu será homenageado por uma carreira exemplar na
universidade à qual dedicou a maior parte de sua vida. Enquanto prepara o
discurso de agradecimento - justo ele, tão acostumado a transformar
assuntos espinhosos em grandes aulas - é tomado por uma sucessão
incontrolável de memórias e revisita momentos nem sempre felizes de sua
vida - a convivência com o pai rígido; a morte da mãe, o tempo no
seminário; o casamento com Mônica; o relacionamento conturbado com o
filho; a paixão pela misteriosa Therèze. As lembranças se cruzam com a
história do Brasil, desde o regime militar aos governos mais recentes, e
o acerto de contas de Heliseu com seu passado transforma-se também no
acerto de contas de um país com sua história.
Aqui é realizada a proeza de se aliar pleno domínio dos recursos
narrativos a um instigante enredo que não deixa pontas soltas,
intrigando o leitor até o ponto final.
TARANTATA
Tarantismo. Envenenamento por picada de aranha? No extremo da península salentina, outra explicação não havia para aqueles surtos de violenta agitação. Uivos, saracoteios, correrias, gargalhadas - tudo impregnado de exuberante sensualidade. E a ninguém surpreendia que a temível tarântula vitimasse, desde sempre, apenas mulheres. Para se livrar do veneno, a Giuseppina Palumbo restava recorrer ao ritual das tarantelas e invocar a força de São Paulo, protetor das tarantatas. Cura definitiva, porém, parecia não haver, ou talvez ela estivesse muito longe dali. Guiados pela esperança, os Palumbo decidem emigrar para o Brasil, rumo à cidade que tem o nome do santo. Na periferia paulistana, terão por vizinho Marçal Quintalusa, um jovem professor de piano que logo cairá fascinado pela escuridão nos olhos da italianinha.
DIAS PERFEITOS
Aos vinte anos, o carioca Raphael Montes impressionou crítica e público com Suicidas, livro finalista de diversos prêmios literários, entre os quais o Prêmio São Paulo de Literatura e o Machado de Assis, concedido pela Biblioteca Nacional.
Aos vinte e três anos, escreveu este "Dias perfeitos", seu segundo romance. A exemplo do anterior, traz suspense, violência, diálogos ágeis, trama vibrante e pleno domínio do andamento narrativo.
Mas agora as doses de ironia e perversidade são redobradas, num mergulho pela psique de um assassino metódico, engenhoso e sobretudo apaixonado.
DITADURA : O QUE RESTA DA TRANSIÇÃO
Com ensaios inéditos de pensadores como João Quartim de Moraes, Anita Prestes, Lincoln Secco, Décio Saes, Marco Aurélio Santana, entre outros, o livro lança um olhar crítico sobre as dinâmicas de poder envolvidas na experiência ditatorial desde o contexto por trás do golpe até a campanha 'Diretas Já'. O resultado é um rico panorama das continuidades e rupturas na história contemporânea do Brasil, que abrange temas como as mutações da ideologia, o lugar dos intelectuais, dos sindicatos, a mobilização comunista, as políticas econômicas, a presença dos partidos políticos e da Aliança Democrática.
FOCO : A ATENÇÃO E SEU PAPEL FUNDAMENTAL PARA O SUCESSO
Combinando pesquisa de ponta e descobertas práticas, Daniel Goleman mostra por que a base do sucesso em todas as áreas da vida é sua capacidade de ter foco. Segundo o autor, a atenção funciona de forma muito parecida com um músculo - se não o utilizamos, fica atrofiado; se o exercitamos, se desenvolve e se fortalece. Numa era de distrações intermináveis, Goleman argumenta que precisamos aprender a aprimorar nosso foco se quisermos prosperar no mundo complexo em que vivemos. Aqueles que alcançam rendimento máximo (seja nos estudos, nos negócios, nos esportes ou nas artes) são precisamente os que prestam atenção no que é mais importante para seu desempenho Foco é uma ferramenta essencial, é o que diferencia um especialista de um amador, um profissional de sucesso do funcionário mediano. Foco traz um olhar inovador sobre o segredo para o alto desempenho e a realização e mostra como a atenção tem um papel fundamental para o sucesso.
SUICIDAS
Um porão, nove jovens e uma Magnum 608. O que poderia ter levado
universitários da elite carioca aparentemente sem problemas a participar
de uma roleta-russa? Um ano depois do trágico evento, que terminou de
forma violenta e bizarramente misteriosa, uma nova pista, até então
mantida em segredo pela polícia, ilumina o nebuloso caso. Sob o comando
da delegada Diana Guimarães, as mães desses jovens são reunidas para
tentar entender o que realmente aconteceu, e os motivos que levaram seus
filhos a cometerem suicídio. Por meio da leitura das anotações feitas
por um dos suicidas durante o fatídico episódio, as mães são submersas
no turbilhão de momentos que culminaram na morte de seus filhos. A
reunião se dá em clima de tensão absoluta, verdades são ditas sem a
falsa piedade das máscaras sociais e, sorrateiramente, algo maior começa
a se revelar.
O TEMPO É UM RIO QUE CORRE
Lya Luft lança um livro, que faz o leitor refletir sobre nosso mais precioso bem - o tempo. Logo no título a força e a beleza do texto se anunciam. O tempo é um rio que corre ininterruptamente, afinal, da nascente até a foz, não há desembocadura que pare o rio e seu curso de água natural. Sempre caudaloso, torrencial, porém jamais imóvel. Se só o título já suscita tanta reflexão, é certo que essa leitura tem capacidade de mudar a vida e o pensamento de muita gente. Ao mesclar memória e reflexões sobre a passagem do tempo, Lya cria um pungente ensaio sobre as relações humanas, a infância, a juventude, o amadurecimento e a morte, e o valor da vida, temas e inquietações que são sua especialidade. O livro é divido em três partes - Águas mansas, Marés altas e A embocadura do rio - mostrando como é a passagem do tempo nas diferentes etapas da vida e buscando caminhos para usufruir o que há de melhor em cada uma delas. Em uma era marcada pela suposta falta de tempo, esta obra é uma importante reflexão sobre a cultura da futilidade e da eterna juventude em que vivemos.
A NOITE DAS MULHERES CANTORAS
Há uma pergunta que percorre este romance de Lídia Jorge, da primeira à
última página: Quantas vítimas se deixa pelo caminho para se perseguir
um objetivo? A ação do romance decorre no final dos anos 80 do século
XX e invoca um tema de inesperada audácia - o da força da idolatria e a
construção do êxito - visto a partir do interior de um grupo, narrado 21
anos mais tarde, na forma de um monólogo. Como é habitual na obra da
autora, a questão social é relevante - a força do todo e a aniquilação
do indivíduo perante o coletivo são temas presentes neste livro. Mas
aqui, tratando-se de um grupo fechado e dominado pela música, a parábola
social submerge perante a descrição de um ambiente de grande
envolvimento humano e de densidade poética. Servido por uma narrativa ao
mesmo tempo rude e mágica, A Noite das Mulheres Cantoras propõe a quem o
lê a história de seis figuras que passam a viver para sempre no nosso
imaginário. A história de amor comovente que une as duas personagens
principais, Solange de Matos e João de Lucena, é, por certo, um daqueles
episódios que iluminam a realidade e tornam indispensáveis a grande
literatura sobre a vida de hoje, com os ingredientes próprios da cultura
dos nossos dias.
Obs.: O livro faz parte da lista de Leituras Obrigatórias para o vestibular UFRGS/2015
Obra de um autor que preza a palavra exata, a tensão contida e, sobretudo, os dramas internos do indivíduo, Dançar tango em Porto Alegre mostra não pérolas, mas gemas cuidadosamente lapidadas da narrativa brasileira contemporânea, concentradas em três temas - o primeiro, contos desenvolvidos na paisagem rural fronteiriça do Rio Grande do Sul, onde os protagonistas debatem-se intimamente entre, de um lado, a tentativa de reter valores ancestrais e o próprio passado que se esvai e, do outro, a submissão à modernização e à passagem do tempo; em segundo lugar, narrativas sobre o trespassar da inocência infantil por fortes experiências emocionais e de iniciação sexual; e, por último, contos sobre o indivíduo que, melancólico e solitário, não se adapta ao espaço urbano.
DANÇAR TANGO EM PORTO ALEGRE
Obra de um autor que preza a palavra exata, a tensão contida e, sobretudo, os dramas internos do indivíduo, Dançar tango em Porto Alegre mostra não pérolas, mas gemas cuidadosamente lapidadas da narrativa brasileira contemporânea, concentradas em três temas - o primeiro, contos desenvolvidos na paisagem rural fronteiriça do Rio Grande do Sul, onde os protagonistas debatem-se intimamente entre, de um lado, a tentativa de reter valores ancestrais e o próprio passado que se esvai e, do outro, a submissão à modernização e à passagem do tempo; em segundo lugar, narrativas sobre o trespassar da inocência infantil por fortes experiências emocionais e de iniciação sexual; e, por último, contos sobre o indivíduo que, melancólico e solitário, não se adapta ao espaço urbano.
Obs.: O livro faz parte da lista de Leituras Obrigatórias para o vestibular UFRGS/2015
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