terça-feira, 31 de março de 2015

AQUISIÇÕES & DOAÇÕES - MARÇO/2015

Trilogia do Sprawl


O primeiro livro da trilogia intitula-se Neuromancer e conta a história de Case, um cowboy (hacker) que foi impossibilitado de exercer sua profissão, graças a um erro que cometeu ao tentar roubar seus patrões. Eles então envenenaram Case com uma microtoxina, que danificou seu sistema neural e o impossibilitou de se conectar à Matrix (sim, “everything is a remix“). Case então procura as clínicas clandestinas de medicina de Chiba City, onde gasta todo seu dinheiro com exames, sem conseguir encontrar uma cura. Drogado, sem dinheiro, desempregado – é nessa condição que Molly Millions o encontra e a trama se inicia.

Em Count Zero, a trama se passa oito anos após Neuromancer e é do tipo “entrançada”, linhas diferentes acompanham diversos personagens que detêm o ponto de vista narrativo. Essas linhas caminham de maneira independente e só se cruzam apenas perto do fim do livro. No início temos o mercenário Turner em convalescença no México, após ter sido feito em pedaços em Nova Delhi. Ele foi reconstituído a partir de partes previamente clonadas. No México, conhece Allison, uma californiana em férias, com quem ele desenvolve um relacionamento diferente de todos os outros em sua experiência de vida, limitada aos guetos do Sprawl e às operações de campo. Turner é um especialista em proteger e extrair altos executivos de mega-multinacionais, às vezes resgatando-os do regime de servidão em que trabalham – e levando-os a uma outra empresa, onde, supõe-se, sua sorte não será muito melhor. Turner é logo encaminhado para uma nova missão: garantir a deserção bem-sucedida de Christopher Mitchell, pesquisador da Maas Biolabs. Turner irá comandar uma equipe montada por Conroy, um antigo associado, com o qual tem um relacionamento desconfortável e atritoso. A tentativa de resgatar Mitchell acaba colocando, nas mãos de Turner, Angie, filha de Mitchell e portadora de um segredo revolucionário. Numa outra linha, Marly Krushkhova, ex-proprietária de uma galeria de arte em Paris, se apresenta em um cenário virtual para uma entrevista com o magnata Josef Virek. O trilionário a contrata para localizar uma misteriosa obra de arte, sob a forma de uma caixa com um arranjo incomum de objetos, em seu interior. Enfim, a terceira linha narrativa acompanha o hacker adolescente Bobby Newmark, o “Count Zero”, que sobrevive ao mortal ataque de uma inteligência artificial, depois de testar, desavisadamente, um programa quebra-gelo – feito para furar o “firewall” das grandes empresas e suas IAs domésticas. Ao escapar com vida, ele desperta a curiosidade de um grupo de “pais-de-santo cibernéticos”, emigrantes jamaicanos metidos no Sprawl, onde negociam serviços no submundo.

Fechando a trilogia temos Monalisa Overdrive, um romance centrado em personagens femininas. Tal qual Count Zero apresenta várias tramas que se unem ao final do livro. As personagens são Angie Mitchell, que conhecemos no livro anterior, e que agora é a maior celebridade do mundo futuro criado por Gibson; Mona, uma jovem prostituta que faz parte de uma tramóia para seqüestrar Angie; Kumiko, a filha adolescente de um chefão da Yakuza, a máfia japonesa, enviada a Londres para sair da linha de frente de uma guerra de gangues; e enfim, “Sally Shears”, que é a mesma Molly Millions de Neuromancer, uma de suas personagens principais. O que Gibson fez com a Trilogia do Sprawl é semelhante ao que Cormac McCarthy faria na Trilogia Fronteiras – não há conexão direta entre o primeiro e o segundo volumes, mas o terceiro recupera parte do elenco de personagens dos dois anteriores, e algumas das suas situações. O livro é dedicado a Fran Gibson, irmã do autor, que claramente desejou valorizar a sua investigação do feminino. Bobby Newmark, o “Count Zero” do romance anterior, também aparece, mas de maneira bastante passiva, já que se encontra numa espécie de coma induzido, enquanto explora o ciberespaço através de um superconsole de hacker chamado “Aleph”. Seu objetivo é proteger Angie. 


 


  SIMPLESMENTE MUJICA: O RETRATO FIEL DO HOMEM QUE ESTÁ ENCANTANDO O MUNDO  

Ex-guerrilheiro, desalinhado, ignorante, contraditório, perigoso. Herói, coerente, sábio, simples, confiável ...
Essas definições e muitas outra são dadas continuamente a José Mujica, popularmente conhecido com el Pepe. Sem dúvida, ele é o político com maior presença em todos os meios de comunicação nos últimos anos. Homem de respostas rápidas e frases explosivas, que instigam os repórteres. Mas qual seu verdadeiro pensamento? Quais ideias e utopias segue? Em busca de respostas a essas perguntas, o autor manteve, durante quatro meses, longas conversas, frente a frente, com o homem por trás do personagem. Não houve temas proibidos, não existiram limites nem exigências, falou-se com liberdade e franqueza. A conversa - às vezes caótica - reflete as preocupações e o raciocínio de um homem que conserva intacta a curiosidade da criança, a sabedoria do camponês e o senso comum do veterano que viveu tantas peripécias.
Este livro é uma viagem ao interior do pensamento do presidente uruguaio, que nos mostra seus sonhos, suas obsessões, suas angústias, seus projetos e seus ideais. Tudo o que o move em sua atual jornada. Entre na roda, tome um mate e conheça melhor o homem que está encantando o mundo. (Ed.Lafonte)  











  A MONTANHA QUE DEVEMOS CONQUISTAR

Em "A Montanha que devemos conquistar : reflexões acerca do Estado", Mészáros abre seu caminho conceitual e reflexivo sobre o Estado. Investe contra as tradicionais visões legitimadoras da política estatal e também contra aquelas que se pretendem críticas mas que apenas fazem por reconfigurar o fundamental das mesmas posições políticas anteriores. A montanha que se refere como alvo a ser conquistado não é apenas o Estado e o campo político, mas a totalidade da sociabilidade capitalista. Por isso, para armar sua reflexão, reconstitui leituras teóricas já estabelecidas e alternativas políticas do presente. O autor tanto investe no tema do Estado, a partir da crise estrutural do capitalismo de hoje, quanto repassa seu próprio horizonte conceitual geral, que vem forjando e trabalhando há décadas... (Alysson Leandro Mascaro)  







                            POEMAS

Ganhadora do Prêmio Nobel, em 1996, a polonesa Wislawa Szymborska sempre escreveu pouco. Toda sua produção, que cabe num volume relativamente pequeno, pode ser lida em um ou dois dias, mas requer tempo para ser de fato apreciada. E isso não porque ela "escreva difícil", pois, para os poetas poloneses nascidos no entreguerras, quando seu país ressurgiu das ruínas de três impérios, não havia crime ou pecado maior que o hermetismo, a obscuridade. Sua poesia já foi chamada de filosófica e, condizentemente, enfatiza antes a indagação sistemática do que eventuais respostas, mas as perguntas que dirige a uma realidade hostil são tão atípicas quanto as de um pré-socrático que o túnel do tempo despejasse no centro da principal área de desastre do século XX. Foi em polonês que se escreveu a melhor poesia dos últimos cinquenta ou sessenta anos, e, pelas mãos de Szymborska, a geração de poetas que testemunhou a Segunda Guerra e o Holocausto, a ocupação nazista e a tirania comunista mostrou como a sanidade e a lucidez podem brotar da terra arrasada. (Nelson Ascher)  





             DIÁRIOS DE BERLIM : 1940-1945

Este diário de Marie Vassiltchikov é de qualidade extraordinária como documento e como revelação de personalidade. De maneira sóbria e discreta, sem ênfases nem transbordamentos pessoais, a autora dá relevo muito expressivo ao dia a dia vivido por ela e por um grupo de amigos, todos com a vida potencialmente em perigo devido à violência da repressão nazista e, a partir de certo momento, aos bombardeios aéreos efetuados pelos Aliados. Entre as linhas do texto, e mesmo nelas, o leitor vai percebendo o antinazismo que se infiltra nesse grupo de aristocratas do mais alto nível e leva alguns deles ao sacrifício da própria vida. A escrita, de excelentes predicados pela objetiva naturalidade, realça o fascínio despertado por esse relato que enriquece nosso conhecimento sobre uma das fases mais trágicas da história contemporânea.  



                O VÔO DA TRAPEZISTA

Os contos de "O Vôo da Trapezista" perpassam universos rurais e urbanos com a familiaridade de quem os conhece de ciência própria, seja resgatando pregressas concepções de vida, seja lançando um olho crítico sobre as perplexidades do homem contemporâneo. Uma das grandes preocupações do autor é a condição da criança, que aqui aparece em toda sua fragilidade ante o adulto onipotente, numa representação onde não falta a graça, e, em simultâneo, a tragédia; mas as relações humanas na idade madura também merecem destaque, na primeira parte: poucas vezes as emoções foram tão bem captadas na sua cândida esperança. Em suma: estamos ante um autor de nossa época, dedicado ao ofício até a exaustão, e cujo esforço é recompensado com essa coletânea, superior por todos os títulos. O leitor sensível o comprovará. (Luiz Antonio de Assis Brasil)  

Obs.: Luiz Fernando de O. Carbone (Banrisul)





                  VINHO DE AMORAS

Neste livro, Joanne Harris, autora de "Chocolate", volta ao vilarejo francês de Lanquesnet para escrever um novo romance repleto de memórias e amores. Desta vez, Lanquesnet é descrita pelos olhos de um viajante inglês, Jay Mackintosh, que escreveu um romance de sucesso há dez anos, baseado em suas memórias de infância junto a um velhinho enigmático chamado Joe. Entre as receitas saborosas que a autora descreve tão bem, o personagem vai conhecendo os moradores do local e acaba se apaixonando por uma bela e misteriosa viúva, que parece ter um terrível segredo escondido por trás das cortinas fechadas de sua casa. A nova vida libera a criatividade de Jay que, após anos de bloqueio, consegue escrever um novo romance.  
Obs.: Doação de Cândida Regina M. Cardoso (Bco.do Brasil)






             COMO FALAR COM UM VIÚVO

Doug Parker não foi um aluno brilhante, não conseguiu entrar para nenhuma universidade de prestígio e era demitido dos empregos de redator com relativa frequência. Enfim, não levava nada muito a sério até conhecer Hailey, bonita, inteligente e cerca de 10 anos mais velha. 
Quando os dois se casam, Doug deixa para trás a descompromissada vida de solteiro e se dedica a esse amor, acreditando finalmente ter encontrado seu rumo. Mas, dois anos depois, Hailey morre em um acidente de avião e tudo perde sentido. 
Tentando lidar com o luto, Doug passa a escrever uma coluna chamada "Como falar com um viúvo", em que desabafa sua dor, relata a dificuldade de expressar seus sentimentos e se lembra da esposa de maneira sincera e cativante. A coluna se torna um grande sucesso, só que infelizmente no momento errado. Entre tropeços, atropelos e as mais loucas situações, Doug começa a tocar sua vida, ainda que não saiba muito bem para onde. Afinal, muitas vezes o melhor a fazer é seguir em frente.
Obs.: Doação de Cândida Regina M. Cardoso (Bco.do Brasil)






                  JULIETA IMORTAL

Julieta Capuleto não tirou a própria vida. Ela foi assassinada pela pessoa em quem mais confiava, seu marido, Romeu Montecchio, que fez o sacrifício para assegurar sua imortalidade. Mas Romeu não imaginou que Julieta também teria vida eterna e se tornaria uma agente dos Embaixadores da Luz. Por setecentos anos, Julieta lutou para preservar o amor e as vidas de inocentes, enquanto Romeu tinha por fim destruir o coração humano. Mas agora que Julieta encontrou seu amor proibido, Romeu fará tudo que estiver ao seu alcance para destruir a felicidade dela. Segredos, mistérios e surpresas envolvem este poderoso romance em que o casal mais famoso da literatura mundial tem a chance de contar sua verdadeira história. 
Obs.: Doação de Cândida Regina M. Cardoso (Bco.do Brasil)






                   A VELA DO DEMÔNIO

O desaparecimento de Andreas é um mistério para seu inseparável amigo, Zipp. Mas, por mais que ele queira descobrir o paradeiro do companheiro, não é fácil colaborar com a polícia e responder às perguntas sobre a última vez em que estiveram juntos. Na ocasião, eles haviam acabado de roubar uma bolsa e estavam de tocaia, seguindo uma velha senhora que vivia sozinha. Zipp não pode nem quer confessar que a última lembrança que tem de Andreas é a dele entrando na casa da senhora com uma faca na mão. O inspetor Sejer é o responsável pela investigação. Ele é um homem amargurado, já viu muitas vezes o lado sombrio dos seres humanos. Experiente, sabe que nenhuma pista e nenhuma possibilidade podem ser descartadas. Mas Sejer jamais imaginaria que, dias depois do desaparecimento de Andreas, o capítulo final deste drama ainda estaria se desenrolando. E que isso estaria acontecendo dentro da casa que o rapaz invadiu, confiante que sairia rápido de lá. Mais do que tudo, ninguém imaginaria que os papéis de vítima e agressor se inverteriam radicalmente. (Ed. Objetiva)  

Obs.: Doação de Cândida Regina M. Cardoso (Bco.do Brasil)








        UM ELIXIR MISTERIOSO

Emma Greyson, a protagonista deste novo romance de Amanda Quick, é uma mulher decidida, inteligente e voluntariosa. Demitida do seu último emprego por tentar se defender do assédio de Chilton Crane, um figurão da alta sociedade londrina, ela escreve suas próprias referências e consegue uma nova posição como dama de companhia de Lady Mayfield. Quick demonstra mais uma vez sua habilidade em retratar a alta sociedade inglesa do século XIX numa história que mistura ação, mistério e romance. (www.orelhadelivro.com.br)  
Obs.: Doação de Cândida Regina M. Cardoso (Bco.do Brasil)







                    NA COMPANHIA DA CORTESÃ

No ano de 1527, Roma sofre um de seus mais terríveis ataques, quando soldados do imperador Carlos V avançam sobre as muralhas da cidade, pilhando tudo o que encontram pela frente. Em meio ao caos, a cortesã Fiammetta Bianchini e seu cafetão e parceiro, o anão Bucino Teodoldi, fogem para Veneza. Com muita coragem e astúcia, os dois se infiltram na sociedade local, desfrutando a luxúria e o pecado que desfilam nos palácios suntuosos. Fiammetta, atraindo e satisfazendo os homens, começa a acumular uma pequena fortuna. Entretanto, uma jovem misteriosa pode colocar em risco a riqueza da cortesã. (Saraiva)  
Obs.: Doação de Marisson Roberto Pacheco Fernandes (Banrisul)

















































































































































































































































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