sexta-feira, 10 de agosto de 2018

Aquisições & Doações - Julho/2018






CORDAS AO VENTO

Da mesma maneira que a poesia pode estar num gesto, num olhar, na gota de orvalho, na pétala de flor, ela deve mostrar-se em forma de versos. Espontânea, com ritmo e mensagem, seja íntima ou universal, mas sempre em oferenda para o leitor. Neste livro, Karin dedilha as cordas de seu instrumento musical, semeando ao vento cada palavra, e lembrando Kandinsky na arte de transformar sons em imagens. (Alcy Cheuiche) 

Obs.: Doação da autora.








QUEM TEM MEDO DO FEMINISMO NEGRO?

Um livro essencial e urgente, pois enquanto mulheres negras seguirem sendo alvo de constantes ataques, a humanidade toda corre perigo. "Quem tem medo do feminismo negro?" reúne um longo ensaio autobiográfico inédito e uma seleção de artigos publicados por Djamila Ribeiro no blog da revista Carta Capital. No texto de abertura, a filósofa e militante recupera memórias de seus anos de infância e adolescência para discutir o que chama de "silenciamento", processo de apagamento da personalidade por que passou e que é um dos muitos resultados perniciosos da discriminação. Muitos textos reagem a situações do cotidiano — o aumento da intolerância às religiões de matriz africana; os ataques a celebridades como Maju ou Serena Williams – a partir das quais Djamila destrincha conceitos como empoderamento feminino ou interseccionalidade. Ela também aborda temas como os limites da mobilização nas redes sociais, as políticas de cotas raciais e as origens do feminismo negro nos Estados Unidos e no Brasil, além de discutir a obra de autoras de referência para o feminismo. A maneira como trata da noção de lugar de fala, assunto de seu primeiro livro, evidencia a originalidade de sua abordagem.





OLGA BENARIO PRESTES


Esta breve narrativa biográfica contém não apenas preciosidades históricas e raridades documentais – que, por si sós, já valeriam a leitura –, ela oferece a perfeita dimensão da luta diária de Olga Benario Prestes por seus ideais, mesmo nas condições mais adversas. A resistência da jovem revolucionária diante da gigantesca e cruel máquina do Terceiro Reich, que a considerava uma "comunista perigosa", parece ainda pulsar nestas páginas, como se seu coração, calado há 75 anos, ainda batesse. Um coração destemido, que, encarcerado, soube conjugar a luta política, o amor pelo grande companheiro e a preocupação com a educação da filha, de quem fora afastada prematuramente. Após a abertura dos arquivos da Gestapo, essa filha, a historiadora Anita Leocadia Prestes, debruçou-se sobre as cerca de 2 mil páginas a respeito de Olga, recheadas de documentos inéditos, para trazer à tona informações até então desconhecidas. Em uma narrativa original, Anita revela a firmeza inabalável da revolucionária nos anos que antecederam seu assassinato no campo de concentração de Bernburg em abril de 1942. 








SUBCIDADANIA BRASILEIRA

Neste livro, o autor propõe uma nova interpretação do Brasil moderno e desigual. Apoiado em sólida teoria, Jessé Souza critica o pensamento tradicional que apresenta uma visão negativa do brasileiro, capaz de enxergar na corrupção, no jeitinho e na herança portuguesa a origem dos nossos males. Essa visão, uma sociologia do vira-lata, serve para a legitimação dos interesses econômicos e políticos das elites e ajuda a perpetuar a desigualdade no Brasil. O resultado é uma subcidadania permanente e estrutural para grande parte da população, que cria cidadãos de segunda classe, sem autoestima, sem autoconfiança e destinados à obediência e ao sentimento de inferioridade. "Subcidadania brasileira" é um livro para entender uma modernização que se mostrou incapaz de reduzir a desigualdade e suas mazelas históricas. E para compreender melhor temas como corrupção, desigualdades, elites e o jeitinho brasileiro.






PÓS-F: PARA ALÉM DO MASCULINO E DO FEMININO

Em sua primeira obra de não ficção, Fernanda Young se insere no acalorado debate sobre o que significa ser homem e ser mulher hoje. Em textos autobiográficos, ela se revela como uma das tantas personagens femininas às quais deu voz, sempre independentes e a quem a inadequação é um sentimento intrínseco. E esse constante deslocamento faz com que Fernanda seja capaz de observar o feminino e o masculino em todas as suas potencialidades. É daí que surge o Pós-F, pós-feminismo e pós-Fernanda, um relato sincero sobre uma vida livre de estigmas calcada na sobrevivência definitiva do amor, no respeito inquestionável ao outro e na sustentação do próprio desejo. No livro, que é ilustrado com desenhos da autora, Fernanda oferece sua visão de mundo na tentativa de superar polarizações e construir algo maior, em que caibam todos os gêneros.








100 ANOS DA REVOLUÇÃO RUSSA

Há exatos 100 anos, em 7 de novembro de 1917 (25 de outubro no antigo calendário russo) ocorreu a Revolução Russa - sem dúvida o mais relevante e influente acontecimento do século XX - quando pela primeira vez na história os explorados e oprimidos de um país derrotaram os seus senhores e deram início à construção de uma nova sociedade socialista. As conferências aqui reunidas são um estímulo à reflexão para quem já é familiarizado como o tema e um ótimo ponto de partida para quem está disposto a se envolver com a realidade de seu tempo.








ESCOLA ITINRANTE

 Este livro é fruto não apenas de um grande trabalho de pesquisa da autora, mas, sobretudo de sua prática pedagógica junto às Escolas Itinerantes do MST. Como deve ser a escola que atende aos interesses e ideais da classe trabalhadora do campo e da cidade? Essa é a principal questão colocada pela autora, e é a partir dessa preocupação sobre a atual forma da escola – um produto histórico e que, apesar de disputada em seus objetivos e conteúdos por nós, atende fundamentalmente aos interesses das classes dominantes – que ela passa a discutir a experiência das escolas itinerantes dos acampamentos do MST. A autora nos mostra como as escolas itinerantes vão reconstruindo a prática pedagógica escolar através de sua estreita ligação com o meio, com a realidade atual vivenciada pelos estudantes, palco das contradições de suas vidas. A auto-organização dos educandos – crianças, jovens e adultos – é um dos princípais temas trabalhados pela autora, refletido a partir da experiência acumulada historicamente pela classe trabalhadora, sobretudo as tentativas de recriação da escola soviética no desenvolvimento da revolução russa. O presente livro atesta a força, a seriedade e a criatividade presentes nas escolas itinerantes do MST e recupera com isso a importância de as classes trabalhadoras avançarem na construção de suas escolas em busca de uma nova sociedade.




MINHA FACHADA PREDILETA

Esta publicação nos garante um registro histórico de uma época memorável do Rio Grande do Sul, tal sua abrangência temática. Os 37 textos nos autorizam que se pense, agradecidos, assim. José Alberto passeia seu saber literário e humano por quase 100 páginas. Ensina-nos história, hábitos, costumes e merecido culto a personalidades que marcaram sua passagem por décadas, iguais a Alcides Gonçalves, Lupicínio Rodrigues, Glênio Reis, Vergara Marques. Atento ao seu tempo nos oferece testemunho ocular dos momentos tensos e não menos históricos da Legalidade, coordenada por Leonel Brizola. E mais, nos conta sobre cidades e seus momentos de desenvolvimentos, como Porto Alegre, Jaguarão, a menina de seus olhos.  






 

 UM GATO QUE SE CHAMAVA REX

  Pode alguém sentir que nasceu dentro de um corpo errado? A história conta as aventuras e desventuras de um gato que acredita ser cachorro e, por esse motivo, recebe o nome de Rex. Um livro que fala do respeito as diferenças, além de tratar do valor da amizade.

Obs.: Doação do autor.

 

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